Inquérito
Pitbull é morto com um tiro na cabeça em Niterói; polícia investiga
Caso aconteceu em Serra Grande
Um cachorro da raça pitbull foi baleado e morto com um tiro na cabeça em Serra Grande, bairro de Niterói, na manhã da última segunda-feira (25). O caso foi parar na polícia.
A mulher que atirou, uma policial militar, afirma, em depoimento na 81ª DP (Itaipu), que passeava com sua cadela, da raça labrador, na calçada de uma praça na Rua Trinta e Seis quando foi atacada pelo pitbull. A PM alega que atirou para se defender, já que o animal estaria sem guia e focinheira, e teria partido para cima dela e de seu labrador.
Imagens de câmera de monitoramento de uma casa mostram quando a policial militar passa na rua acompanhada da cadela de estimação, mas não o momento exato do possível ataque do pitbull. É possível ouvir, na sequência, barulho de dois disparos. Veja o vídeo abaixo:
A policial disse ainda, como consta no Registro de Ocorrência, que levou o cachorro baleado imediatamente até uma clínica veterinária, mas o cão não resistiu.
A reportagem esteve no endereço da policial, que não foi encontrada, nesta quarta-feira (27). Segundo um familiar, ela estaria em horário de serviço. A equipe também não conseguiu contato por telefone.
Cachorro fugiu do quintal de casa
De acordo com um dos tutores do pitbull morto, o animal era dócil e acostumado ao convívio com seus três filhos, todos menores. Ao ENFOCO, ele disse que o cão vivia livre no quintal de casa e não era conhecido por ataques.
Conforme o relato, o cachorro ficou desaparecido desde a tarde de domingo (24), quando teria fugido após a família sair de casa. Apesar de buscas, não foi possível localizá-lo.
Os tutores só souberam do paradeiro do pitbull Panda por volta das 10h20 da segunda-feira (25), por meio de mensagens enviadas em um grupo de aplicativo de mensagens, informando sobre disparos em uma rua vizinha. Ao verificar a situação, foi descoberto que o cachorro havia sido baleado e morto.
“Ele deve ter saído pelo portão, que é automático. Realizamos buscas na região e não o encontramos. No dia seguinte, recebemos um áudio de uma vizinha dizendo que nosso cachorro havia sido baleado. Ligamos para a veterinária e foi informado que o cachorro havia morrido. Ele tinha apenas três anos. Adotamos há pouco tempo e ele estava se adaptando à casa e à rotina. Era um cão dócil, brincava com meus filhos, inclusive minha filha de um ano e meio. Ele nunca foi agressivo e nem latia para ninguém”. O corpo dele ainda está no veterinário aguardando para ver o que iremos fazer", disse um dos tutores do animal, que preferiu não se identificar.
Investigação
O vereador Daniel Marques (PL), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Animais, disse que fez uma petição à Polícia Civil para que as investigações do caso avancem.
“Já falei com todo mundo, a ocorrência já está registrada, as testemunhas estão sendo ouvidas, a autoridade policial vai tomar as providências, algumas delas sigilosas, outras em busca de compreender o que aconteceu de fato. A gente fez uma petição da Frente Parlamentar para solicitar algumas diligências para o delegado”, informou.
Procurado, o delegado Deoclécio Assis, titular da 81ª DP (Itaipu), frisou que os investigadores estão "ouvindo e apurando para saber o que de fato ocorreu".
A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que a Corregedoria Geral da Polícia Militar instaurou um procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias do caso.
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