Piruinha cai no presídio e é levado para hospital

O contraventor José Caruzzo Escafura, o Piruinha, de 93 anos, fraturou o fêmur após sofrer uma queda enquanto tomava banho na unidade prisional Casa do Albergado - Crispin Ventino, em Benfica, no final do mês de maio. Já nesta sexta-feira (15), ele teve que realizar uma cirurgia ortopédica de urgência no quadril, em um hospital particular na Barra da Tijuca.

O procedimento foi possível após o médico do Hospital Penitenciário de Bangu encaminhar laudo à Justiça informando sobre a gravidade das fraturas, da idade avançada do paciente e do risco de complicações cardiovasculares. As informações são do Jornal Extra.

Apesar de autorizar a transferência do bicheiro na última quarta (13), a Justiça citou a “alta periculosidade” do preso.

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O despacho também reforça que a Secretaria da Administração Penitenciária, através da Polícia Penal, deve garantir que José Caruzzo Escafura seja mantido sob custódia desde a saída do presídio até que ele receba alta da unidade hospitalar.

O juízo negou um pedido de "habeas corpus humanitário" impetrado pela defesa. E lembrou que o bicheiro foi preso preventivamente por homicídio triplamente qualificado e que teria matado a vítima por conta de dívidas relacionadas a jogos de azar. 

Piruinha foi preso em casa no dia 24 de maio, no bairro Abolição, na Zona Norte do Rio, durante operação conjunta da Polícia Civil do Rio e do Ministério Público do Rio. Na ação, também foi preso o policial militar Jeckson Lima Pereira, conhecido como Jeck, seu segurança. As investigações apontaram que o PM matou um empresário a mando de Piruinha. Tudo isso por desavença em um negócio imobiliário.

A vítima seria dona de uma loja de carros e neto de Nésio Nascimento, presidente de honra da escola de samba Tradição. De acordo com as investigações, no dia 23 de julho de 2021, o denunciado Jeck, segurança pessoal de Piruinha, efetuou disparos de arma de fogo que causaram a morte de Neto.

"O crime de homicídio foi praticado por motivo torpe, uma vez que a vítima foi executada como forma de punição pelo fato de não ter pago dívida em dinheiro que tinha com os autores intelectuais do crime, contraventores da cidade do Rio de Janeiro", disse o MP.

A vítima foi executada mediante emboscada, com o emprego de arma de fogo enquanto se dirigia, a pé, para a loja de veículos que era de sua propriedade, situada na Estrada Intendente Magalhães, região de grande movimento, colocando em risco a vida de incontáveis pessoas, descreve a denúncia.