Smoke Free
PF mira quadrilha acusada de comércio ilegal de cigarros no Rio
Ação tem apoio do serviço de Segurança de Imigração dos EUA
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal realizam na manhã desta quarta-feira (23) uma operação para desmantelar uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros. A operação conta com apoio da U. S. Homeland Security Investigations (HSI), principal braço investigativo do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, responsável por investigar crimes e ameaças transnacionais.
Segundo a PF, a operação, batizada de Smoke Free, conta com 300 agentes para cumprir 27 mandados de prisão preventiva e 50 de busca e apreensão, além de sequestro e apreensão de bens avaliados em cerca de R$ 300 milhões de reais. Dentre os bens estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie, valores depositados em contas bancárias, entre outros.
As investigações iniciaram em 2020 e apontaram que o grupo criminoso atuou mais de uma vez, no período de quase três anos (2019 a 2022), com falsificação ou não emissão de notas fiscais, além de depositar, transportar e comercializar cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias. O grupo, aponta a PF, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular, entre outros crimes.
As investigações apontaram também que a quadrilha contava com uma célula de serviço paralelo de segurança, coordenado por um policial federal e integrado por policiais militares e bombeiros, que também atuavam para atender aos interesses do grupo.
As investigações apontam ainda que os envolvidos são acusados de sonegar aproximadamente R$ 2 bilhões em impostos, segundo informações passadas pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
A Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) - da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília -, compartilhou informações e colaborou com a Polícia Federal na operação, como parte da cooperação policial internacional de longa data entre autoridades norte-americanas e brasileiras.
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