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    PF faz a limpa em Niterói, Maricá e Itaboraí; bombeiro é preso

    Grupo tinha apoio de servidores do Inea

    Publicado 12/03/2024 às 10:29 | Atualizado em 12/03/2024 às 11:19 | Autor: Enfoco
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    As investigações mostraram que o grupo atuava de forma permanente
    As investigações mostraram que o grupo atuava de forma permanente |  Foto: Reprodução

    A Polícia Federal (PF) realiza nesta terça-feira (12) ação contra um grupo criminoso que capturava e vendia ilegalmente animais silvestres, entre eles espécies ameaçadas de extinção. Três suspeitos foram presos, incluindo um bombeiro, apontado como chefe da quadrilha.

    Os três mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói, estão sendo cumpridos pela operação Defaunação no Rio, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, no Grande Rio.

    Segundo a, o grupo era chefiado por um bombeiro militar e tinha apoio de servidores do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar. Uma estudante de graduação e dois veterinários também participavam do esquema.

    Cobra apreendida em Niterói
    Cobra apreendida em Niterói |  Foto: Reprodução

    As investigações mostraram que o grupo atuava de forma permanente capturando animais silvestres com apoio de caçadores, mantendo-os aprisionados com ajuda de receptadores. Os animais depois eram vendidos através das redes sociais por valores entre R$ 20 mil e R$ 120 mil.

    Sete armas e munições foram apreendidas na residência de um casal, alvo da operação, no bairro de Itaipuaçu, em Maricá. O casal foi preso.

    Armas apreendidas
    Armas apreendidas |  Foto: Reprodução

    Fraude

    Os animais eram cadastrados de forma fraudulenta no Sistema Nacional de Gestão da Fauna Silvestre (Sisfauna) e no Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (Sispass), geridos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

    Os valores de venda dependiam da espécie e de os animais virem ou não acompanhados de documentos fraudulentos. As investigações mostraram que o grupo movimentou pelo menos R$ 2,4 milhões, mas acredita-se que o esquema criminoso tenha gerado mais de R$ 14 milhões aos envolvidos.

    Entre as espécies comercializadas ilegalmente pelo grupo estão araras, papagaios, cervos, iguanas, pássaros e macacos. Um dos animais traficados, por exemplo, o macaco-prego-de-crista (Sapajus robustus), é classificado como ameaçadoa de extinção.

    A ação conta com o apoio das corregedorias do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.

    O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que não compactua com desvios de conduta e que preza pelas boas práticas na atuação dos seus servidores, sempre de forma ética e comprometida.

    "No caso da operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (12), trata-se de ex-servidores, que não trabalham mais no Instituto. O Inea informa ainda que acompanha e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. Todos os desvios de conduta, uma vez identificados, serão apurados pela corregedoria do órgão, seguindo todos os trâmites necessários para aplicação de medidas disciplinares e criminais previstas na legislação", diz a nota. 

    Com Agência Brasil

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