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    Operação Disclosure

    PF caça ex-diretores da Americanas por maior fraude da história

    Grupo investigado é acusado por golpe de R$ 25,3 bilhões

    Publicado 27/06/2024 às 7:15 | Atualizado em 27/06/2024 às 7:52 | Autor: Enfoco
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    Cerca de 80 policiais federais atuam na ação desta quinta-feira (27)
    Cerca de 80 policiais federais atuam na ação desta quinta-feira (27) |  Foto: Divulgação / PF

    A Polícia Federal tenta prender, na manhã desta quinta-feira (27), dois ex-diretores do grupo Americanas por fraudes contábeis que, conforme dados divulgados pela própria empresa, chegam ao montante de R$ 25,3 bilhões. Caso sejam condenados, eles poderão cumprir pena de até 26 anos de reclusão.

    Em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF/RJ), a PF deflagrou a Operação Disclosure, que busca elucidar a participação dos acusados. A investigação contou ainda com o apoio técnico da Comissão de Valores Mobiliários - CVM.

    Na ação de hoje, cerca de 80 policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão nas residências dos ex-diretores das Americanas localizadas no Rio de Janeiro. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores destes ex-diretores que somam mais de meio bilhão de reais.

    Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e decorreram de um esforço conjunto entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Comissão de Valores Mobiliários - CVM.

    Segundo as investigações - que contam com a colaboração da atual Diretoria da empresa Americanas -, os ex-diretores praticaram fraudes contábeis relacionadas a operações de risco sacado, que consiste numa operação na qual a varejista consegue antecipar o pagamento a fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos.

    Também foram identificadas fraudes envolvendo contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), que consistem em incentivos comerciais que geralmente são utilizados no setor, mas no presente caso eram contabilizadas VPCs que nunca existiram.

    Conforme a PF, a investigação revelou ainda fortes indícios da prática do crime de Manipulação de Mercado, Uso de Informação Privilegiada, também conhecido como "insider trading”, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro. 

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