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    Escândalo

    PF acaba com esquema milionário em Cachoeiras de Macacu

    Grupo é suspeito de desviar recursos públicos da Saúde

    Publicado 03/07/2024 às 10:31 | Autor: Enfoco
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    Oito mandados de busca e apreensão serão cumpridos nesta quarta-feira
    Oito mandados de busca e apreensão serão cumpridos nesta quarta-feira |  Foto: Divulgação / PF

    A Polícia Federal realiza a Operação Rapha, nesta quarta-feira (3), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa formada por empresários e servidores municipais. O grupo é suspeito de desviar recursos públicos destinados à saúde do município de Cachoeiras de Macacu, localizado na Região Metropolitana do Rio.

    Na ação desta quarta, cerca de 50 policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói, distribuídos nos municípios de Cachoeiras de Macacu e Rio de Janeiro.

    Na capital fluminense, os mandados são cumpridos nos bairros da Taquara e Barra da Tijuca, ambos localizados na Zona Oeste do Rio.

    As investigações foram iniciadas a partir da denúncia de um ex-presidente da Organização Social contratada pelo município de Cachoeiras de Macacu para prestação de serviços de logística médica.

    O contrato, firmado em 2018, perdurou até março de 2022. A suspeita é de que foram desviados mais de 100 milhões de reais em recursos públicos destinados à saúde municipal.

    O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) realizou auditoria no contrato e apontou as seguintes ocorrências: fraude no credenciamento da instituição como Organização Social; ausência de prestação de contas durante vários meses da execução do contrato; pagamentos de despesas desprovidas de legitimidade face ao objeto do contrato.

    Além disso, conforme a investigação, também são suspeitos de realizar pagamentos sem a correspondente contraprestação em serviços; e graves deficiências na fiscalização contratual, com destaque para a Comissão de Avaliação do Contrato, integrada por servidores que não possuíam a qualificação prevista em lei.

    De acordo com as apurações, o grupo criminoso era formado por empresários do setor de saúde e servidores públicos municipais.

    Se confirmadas as suspeitas, os investigados responderão pelos crimes de peculato-desvio, organização criminosa, fraude à licitação e lavagem de dinheiro, além de outros crimes que podem ser apurados no decorrer das diligências. O nome da operação faz menção à expressão hebraica “Jeová Raphá”, o Deus que cura.

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