'Perdi a fé', diz nora de Flordelis sobre rotina da família

A primeira testemunha de acusação no julgamento da ex-deputada federal Flordelis, Luana Vedovi Rangel Pimenta, esposa do ex-vereador de São Gonçalo Misael, contou durante o terceiro dia de sessão no Fórum de Niterói, que tentou convencer a ré Marzy Teixeira a ir até a delegacia para relatar todas as coisas que aconteciam na família após o pastor Anderson do Carmo ser baleado e morto em junho de 2019. 

“Ela está presa porque quer, era uma amiga minha. No dia em que o pastor foi baleado eu perguntei para a Marzy se ela estava envolvida e ela disse que não estava. Ela ficou com o meu filho no quarto da minha casa, depois eu chamei ela para conversar e falei 'Marzy, a gente sabe de muita coisa da intenção de matar o pastor, vamos na delegacia e dizer que você não tem nada a ver com isso que aconteceu hoje'. Ela pediu um tempo para pensar e foi para o quarto, depois ela disse que não entregaria Flordelis para ninguém”, contou. 

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Luana contou que passou a conhecer a família Flordelis em 2013 quando se tornou membro do Ministério Flordelis, onde, com seis meses de congregação, passou a ter contato com a família e a própria pastora.

Ela contou que teve sua fé abalada quando descobriu tudo que acontecia na família Flordelis. 

“Pra mim foi uma decepção muito grande saber de tudo que Flordelis fez porque ela era muito regrada à religião, falava que não podia nem ir à praia. Quando descobri que ela foi quem mandou matar o pastor eu fiquei sem fé. Foi até difícil pra mim congregar na igreja onde eu estou hoje”, contou. 

Luana disse ainda que o celular do pastor foi jogado no mar e que houve diferentes tentativas de oportunidades de envenenar Anderson do Carmo. 

“A Flordelis escreveu ainda bem que nós jogamos no mar o celular do pastor. Várias vezes eu vi a Marzy e a Flor jogando pozinho no suco do pastor, aí eu descobri que era envenenamento quando a esposa do Carlos tomou e ficou cinco dias internada”, contou. 

Daniel dos Santos de Souza, um dos filhos afetivos de Flordelis e Anderson do Carmo, começou a ser ouvido às 12h30. O depoimento dele foi prestado via vídeo. Bastante emocionado, ele chorou bastante ao relatar a dinâmica do dia em que o crime aconteceu.