Alemão
'Peço força para criar meus filhos', clama esposa de PM morto
Familiares estiveram presentes no IML para a liberação do corpo
A esposa do cabo da Polícia Militar Bruno de Paula Costa, de 38 anos, compareceu ao Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, para a liberação do corpo. O agente foi morto por criminosos durante um tiroteio na megaoperação da última quinta-feira (21), no Complexo do Alemão, Zona Norte.
Agentes da PM também estiveram presente no IML para prestar solidariedade à esposa do policial. Casada com Bruno, Lídia Costa afirma que o marido 'nasceu' para servir à polícia, pois era um dos seus maiores sonhos e ao que ele constantemente se dedicava.
"Ele nasceu para isso, foi paraquedista por sete anos, foi cabo do exército, sempre teve paixão pelo militarismo. Um excelente policial militar. A ficha ainda não caiu", lamentou a esposa.
O PM deixa ainda dois filhos portadores do espectro autista. Lídia agradeceu pelo apoio que vem recebendo e pediu por forças para continuar caminhando, agora, sem a presença do marido.
"Meu filho mais velho é autista severo. E meu filho de 8 anos é autista leve. Uma tragédia, eu só peço que as pessoas continuem orando pela nossa família. Peço saúde a Deus e força para poder criar meus dois filhos, que vão precisar de mim", finalizou Lídia.
Segundo a PM, o cabo estava trabalhando e foi ferido no pescoço quando a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília foi atacada por criminosos em retaliação à operação que acontecia no complexo. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Estadual Getúlio Vargas mas não resistiu ao ferimento.
O sepultamento do corpo está marcado para acontecer neste sábado (22), às 11h30, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap.
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