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    Tristeza

    'Os cachorros estavam bem agressivos', diz tia de jovem esquartejada

    Caixão foi fechado devido aos ferimentos causados por cães

    Publicado 16/06/2025 às 17:12 | Atualizado em 16/06/2025 às 21:53 | Autor: Laís Reis
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    Familiares e amigos clamaram por justiça na porta de cemitério
    Familiares e amigos clamaram por justiça na porta de cemitério |  Foto: Péricles Cutrim

    Despedida em caixão fechado. Esse foi o último adeus de familiares e amigos, nesta segunda-feira (16), à jovem Marcelle Julia Araújo da Silva, de 18 anos. O enterro ocorreu no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio, sendo marcado por pedidos de Justiça e pela cruel lembrança da tia da vítima, Dayana Barbosa Azzer, que viu o corpo da sobrinha mutilado. 

    O crime brutal aconteceu na Pavuna. O principal suspeito é o chinês Zhaohu Qiu, vulgo “Xau”, que segue foragido. O corpo de Marcelle foi amigos e familiares parcialmente devorado por cães da raça pit bull. 

    Testemunhas relataram à Polícia Civil ter ouvido gritos de esganadura vindos da residência na madrugada do crime.

    “Descobrimos que ela tinha ido para a casa dele. Então, pela vizinhança, começamos a ver as câmeras de segurança. Vimos ele empurrando um carrinho de mercado com uma lona azul por cima e que ele estava indo para uma casa que estava fazendo. Com ajuda de uma ex-namorada que tinha as chaves, pois alimentava os cachorros dele, conseguimos entrar. No primeiro andar da casa só vimos a lona do carrinho, mas achamos que ele poderia ter levado para um rio que tem perto. Não achamos nada e resolvemos voltar. Os cachorros estavam bem agressivos, mas depois de um calmante ela conseguiu subir para o segundo andar e aí se desesperou: Marcelle estava lá, toda dilacerada”, contou Dayana.

    Tia viu corpo da jovem dilacerado

    Dayana Azzer, tia da vítima
    Dayana Azzer, tia da vítima |  Foto: Péricles Cutrim

    Uma forte comoção marcou o enterro de Marcelle Júlia. Dezenas de pessoas compareceram ao local para dar o último adeus à menina. 

    Uma outra tia de Marcelle, Cláudia Luciano, contou que apesar de nunca corresponder às investidas de Xau, a jovem tinha ido à casa dele na madrugada do Dia dos Namorados buscar uma cesta que ele queria dar. Ela disse que ele sempre teve costume de presenteá-la, inclusive com itens caros, como um iPhone. Após o crime, este aparelho também sumiu, ainda de acordo com a familiar.

    “Ela frequentava a casa dele, pois ele fazia festinhas e as meninas - as amigas - também iam pra lá. Neste dia, ela perguntou se alguma amiga poderia buscar uma cesta que ele queria entregar, mas por causa do frio, disseram que não iriam. Ela acabou indo sozinha e nunca mais voltou”, contou emocionada.

    • Familiares e amigos não se conformam com monstruosidade do crime
      Familiares e amigos não se conformam com monstruosidade do crime | Foto: Péricles Cutrim
    • Familiares e amigos não se conformam com monstruosidade do crime
      Familiares e amigos não se conformam com monstruosidade do crime | Foto: Péricles Cutrim
    • Enterro da jovem aconteceu no Cemitério de Irajá
      Enterro da jovem aconteceu no Cemitério de Irajá | Foto: Péricles Cutrim
    • Namorada de Marcelle pediu por justiça no último adeus
      Namorada de Marcelle pediu por justiça no último adeus | Foto: Péricles Cutrim

    Relembre o caso

    Marcelle foi encontrada morta no último sábado (14). A família, inconformada, foi peça-chave para a elucidação do caso. Foram os próprios amigos e parentes que iniciaram uma busca independente, coletando imagens de câmeras de segurança com vizinhos, até rastrear o trajeto que levou ao local onde o corpo foi encontrado, em uma comunidade próxima do local onde o suspeito mantinha uma residência.

    "A família e os amigos prestaram um verdadeiro serviço para a polícia. Talvez, sem essa mobilização, nem o corpo da Marcelle tivesse sido encontrado’, destacou a tia-avó Cláudia Luciano de Araújo.

    Marcelle foi descrita por todos como uma jovem alegre, cheia de sonhos e querida por todos à sua volta. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A polícia busca identificar todas as circunstâncias do crime, além de localizar e prender o autor. Até o momento, ele não foi localizado.

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