Polícia
O pânico do trabalhador em tiroteio dentro de ônibus lotado em Niterói
Uma das vítimas da tentativa de assalto que terminou com três passageiros feridos e um criminoso morto dentro de um ônibus, na Avenida do Contorno, em Niterói, na noite desta quarta-feira (28), relatou os momentos de terror que passou com os demais ao ter uma arma apontada para a sua cabeça. Segundo ele, o motorista do ônibus da linha 567 (Candelária x Venda das Pedras), da empresa Rio Ita, ficou na mesma situação.
O auxiliar técnico, que mora em Itaboraí, e que preferiu ter a identidade preservada, afirma ainda que o ônibus estava lotado. Pelo menos 20 pessoas estavam em pé, por não ter banco disponível. Ele, inclusive, não tinha sequer passado a roleta por conta da quantidade de passageiros.
"Quando o ônibus saiu da Praça do Pedágio [da Ponte Rio-Niterói] para descer na Avenida do Contorno, eles [os bandidos] puxaram a 'cigarra' do ônibus dando a entender que desceriam no ponto de ônibus da Leroy Merlin, alí no Barreto. Um deles passou correndo e falou com o motorista: 'se parar, eu vou matar vocês dois!'. Só tinha eu e o motorista antes da roleta. Ele apontando a arma pra mim e pro motorista"
Foi neste momento, segundo relatou a vítima, que houve o primeiro tiro. Os criminosos estavam vestidos com trajes comuns: "Com roupa de trabalhador mesmo. Não tinha como pensar nisso".
Ainda segundo a vítima, a dupla já estava dentro do ônibus, desde o Rio de Janeiro. Os dois criminosos estavam armados. Eles deixaram para anunciar o assalto apenas na descida da Ponte Rio-Niterói.
"Eu tive o reflexo de abaixar a cabeça. Foi por muito pouco. Eu ouvi tiros assim que eles anunciaram o assalto e abaixei no degrau. Depois não vi mais nada"
Em entrevista ao Plantão Enfoco, a vítima relatou o completo desespero dentro do ônibus. Segundo ele, tinham muitas mulheres dentro do coletivo, entre elas uma idosa que desmaiou.
"Um senhor tomou um tiro no pé, uma garota levou um tiro de raspão. Ela disse que estava sentindo muita ardência. Tinha umas 20 pessoas só em pé"
Já em casa, a vítima define a situação como 'um livramento'.
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