Tragédia
'Não se matou', diz primo de militar morta em briga com namorado
Enterro de Dayana Brasil aconteceu nesta terça em Sulacap
O primo de Dayana Brasil Tenório, militar dos Bombeiros morta com um tiro no rosto durante uma briga com o namorado nesta segunda (8), em Bangu, Zona Oeste do Rio, não acredita que a prima tenha atirado contra si própria.
O motorista de aplicativo Alan Tenório falou durante o velório de Dayana que ocorreu nesta terça-feira (9), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio.
Dayana morreu aos 38 anos com um tiro no rosto após uma discussão em um apartamento em Bangu, onde morava, com o companheiro Luiz Felipe Perozini Cardoso, de 31 anos, cabo da Polícia Militar.
Segundo o relato do cabo, no final da madrugada desta segunda-feira (8), Dayana teria pego a pistola de 9mm que estava em cima do sofá e atirado contra si mesma, quando ele teria tentado tirar a arma dela. Ela morreu na hora. O casal estava junto há três anos.
“Dayana era uma pessoa muito intensa, energia boa, vibe boa, alegre, ela gostava de viver muito, era vaidosa, correndo atrás dos objetivos dela, excelente bombeira, gostava de ser excelente no que fazia, era a alegria em pessoa. Quem a conhecia, desde o primeiro impacto, já a adorava. Ela era vida. A gente da família está aguardando as investigações, mas, no momento, o que temos para dizer é que vamos aguardar, mas é impossível Dayana ter atirado contra o próprio rosto, como ele diz. A Dayana não se matou”, afirmou ele.
Namorado, que é cabo da PM, foi ouvido e liberado em seguida
O primo, que é motorista de aplicativo e tem 42 anos, disse que hoje o sentimento da família é mais triste ainda, já que Dayana não estava doente e a morte dela foi inesperada.
Ela não se matou, não sofreu acidente, não estava mal, pelo contrário, ela queria mudar de vida, estava com viagens planejadas e, inclusive, estava ajeitando apartamento para viver a vida dela. Ela era independente, não precisava de homem nenhum, vida financeira boa, é isso. Ela era isso
Sobre o relacionamento de Dayana e o policial, Alan afirmou que, apesar de ciumento, o namorado dela nunca se mostrou violento próximo deles.
“Na frente da nossa família, quando ele participava das nossas reuniões, ele não demonstra problemas, porém, por trás haviam brigas. Ele era ciumento. Tinha ciúme da família, das amigas, mas Dayana mesmo procurava resolver a vida dela para ela, em particular, não era de comentar. A família não tem conhecimento e eu, como próprio, sendo muito confidente, não sabia se eles já estavam separados”, afirmou.
Dayana atuava na Odontoclínica do Corpo de Bombeiros em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O sepultamento ocorrerá às 15h. A família estava muito abalada.
As investigações
Após a vítima ter sido encontrada morta, o policial militar foi levado, como testemunha, para prestar depoimento na sede da Divisão de Homicídios da Capital (DHC) na segunda-feira (8). A princípio o policial foi liberado. O advogado dele não quis falar com a imprensa.
A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese. Os agentes buscam descobrir se o caso se trata de feminicídio ou se ela quem atirou contra si mesma. Oficiais do Corpo de Bombeiros e policiais da Corregedoria da Polícia Militar estão acompanhando o caso.
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