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    'Não sabemos se iremos voltar', o adeus ao taxista morto em SG

    Publicado 26/11/2021 às 17:54 | Atualizado em 28/11/2021 às 8:37 | Autor: Enfoco
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    Publicado às 17h54. Atualizado às 18h54

    Imagem ilustrativa da imagem 'Não sabemos se iremos voltar', o adeus ao taxista morto em SG
    Cerimônia aconteceu na tarde desta sexta-feira (26), em São Gonçalo. Foto: Romulo Cunha

    Foi enterrado na tarde desta sexta-feira (26) o corpo do taxista Francisco Moreira da Costa Filho, de 53 anos, no cemitério Parque da Paz, no bairro do Pacheco, em São Gonçalo. Chiquinho, como era conhecido, foi baleado e morto por criminosos durante um assalto na Avenida Jornalista Roberto Marinho, no bairro Galo Branco, na tarde desta quinta-feira (25). Ele chegou a ser socorrido por amigos até o Hospital Estadual Alberto Torres (Heal), no Colubandê, mas não resistiu. Os criminosos ainda tentaram levar o carro da vítima, mas não conseguiram e subtraíram apenas o celular.

    Francisco não tinha filhos, mas era um 'pai' para os seus seis sobrinhos, transmitindo conhecimento e amor. Um deles, o despachante Leonardo Pereira, comentou sobre a importância do tio na família.

    "Destruíram a nossa família. Meu tio era quem levava alegria para casa. Toda semana estava com a gente. Nós perdemos o amor da nossa vida. Esse mundo em que estamos vivendo está todo invertido. Ninguém dos Direitos Humanos veio procurar a gente."

    Leonardo Pereira, sobrinho de Francisco

    Amigos e familiares foram até o cemitério para prestar as últimas homenagens ao profissional. No decorrer da cerimônia, muitos taxistas enfileiraram seus carros e, em um gesto de homenagem ao companheiro de profissão, aplaudiram e fizeram um buzinaço durante o cortejo fúnebre.

    Amigos taxistas prestaram homenagens a Francisco. Foto: Romulo Cunha

    "A cooperativa e os colegas de táxi estão muito transtornados. A pessoa vir a falecer por 15 reais é desesperador. Estamos trabalhando com muito medo. Saímos de casa e não sabemos a hora que vamos voltar ou se iremos voltar", conta Leandro Souza, profissional que trabalhava há 6 anos com Chiquinho.

    O presidente do Sindicato de Taxistas de Niterói (SindTaxi), Celso José Wermelinger, responsável, lamentou a morte do taxista e desejou força aos familiares e amigos da vítima.

    “Lamentamos a morte do Chiquinho, que era muito querido entre nós. Um trabalhador, honesto. Saiu para trabalhar e foi vítima da insegurança que reina em todo o estado do Rio, principalmente em São Gonçalo”

    Celso José Wermelinger

    Apaixonado por futebol, Chiquinho foi sepultado com a bandeira do Botafogo, time para o qual torce.

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