Violência
'Não queria virar estatística', diz jornalista torturada pelo namorado
Vítima ficou em cárcere privado por três dias
Rio de Janeiro -Em entrevista ao Fantástico, Ana Luiza, jornalista que ficou por três dias presa em um apartamento na Zona Sul do Rio sendo agredida e e torturada pelo namorado, relatou os momentos de terror vividos por ela. Apesar dos graves ferimentos, ela conseguiu fugir do local e pedir socorro. A jornalista sofreu traumatismo craniano, fratura na mandíbula e ficou com vários hematomas. Ana Luiza passou o Dia das Mães se recuperando do trauma.
Quando eu berrava socorro, ele me dava um mata-leão e me apagava
Visivelmente traumatizada, Ana Luiza relatou que seu relacionamento durou oito meses, e que as agressões contra ela começaram de forma verbal.
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A jornalista visitou o namorado no dia 26 de abril. Segundo ela, eles estavam bem e passaram a noite juntos. No dia seguinte, as atitudes mudaram e Ana Luiza começou a ser agredida e impedida de sair do imóvel.
"Quando eu berrava socorro, ele me dava um mata-leão e me apagava", relatou.
O alivio veio quando Ana Luiza aproveitou um descuido do namorado e conseguiu fugir do apartamento. A vítima conseguiu ajuda e foi levada para a delegacia de Copacabana (12ª DP). A polícia encaminhou a vítima para o hospital.
Não queria virar estatística, não. Eu estava com risco de vida. Tinha hemorragia cerebral e tive que refazer todo o meu maxilar. Meu maxilar, hoje em dia, é de titânio.
Agressões
Responsável pela investigações, a delegada Natacha Alves, titular da delegacia de Copacabana, disse que a vítima detalhou as agressões. Segundo ela, o agressor acusou a jornalista de infidelidade. "Ele bateu nela com um cassetete. As agressões foram nas pernas, costas e cabeça. Tudo isso aconteceu até a vítima perder a consciência", relatou a advogada.
A vítima não conseguiu se alimentar porque teve o maxilar fraturado. No seguindo dia, tentou pedir ajuda, mas foi desacordada por um mata-leão.
No terceiro dia ao acordar tentou correr até a porta para fugir, mas o agressor a puxou pelos cabelos. Ela ainda foi agredida na cabeça até desmaiar.
Prisão
Para a polícia, o agressor é considerado com um 'homem altamente perigoso', com uma extensa ficha criminal, dentre elas três anotações de violência doméstica. Ele também já respondeu por crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e resistência.
Ele foi indiciado por tortura, cárcere privado, posse ilegal de arma e tentativa de feminicídio.o retrátil e uma pistola.
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