'Não pagou traficantes', diz amigo de comerciante morto em SG

O corpo do comerciante Thiago Trigueiro Gomes, de 37 anos, foi enterrado na tarde desta quarta-feira (10), no Cemitério Parque da Paz, no bairro Pacheco, em São Gonçalo.

Amigos e familiares não sabem o que pode ter motivado o crime, ocorrido dentro de seu depósito de bebidas, nesta terça-feira (9), no Porto da Pedra.

“Ele era um cara tranquilo. Assim que ficamos sabendo do ocorrido, saímos de onde moramos, lá em Campo Grande, e viemos correndo para São Gonçalo para prestar auxílio a minha filha. Até agora estamos sem saber o que teria motivado essa covardia. A Polícia tem que descobrir", disse o sogro Antônio Oliveira.

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Cerca de 100 pessoas prestaram o último adeus ao empresário. Alguns familiares precisaram do auxílio da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que estava de prontidão no local.

Vítima teria negado extorsão

Algumas pessoas presentes na cerimônia preferiram não comentar sobre o assunto, mas segundo um amigo, que não quis se identificar, existe a informação de que Thiago pode ter sido assassinado ao negar o pagamento de uma extorsão. A Polícia Civil investiga o caso.

“Ficamos sabendo que ele teria se negado a pagar dinheiro para traficantes que teriam ido até a loja, mas isso a polícia tem que investigar. Ele era muito querido, sempre trabalhou, lutou. Ele tinha outro depósito na mesma região, mas pegou esse, onde aconteceu o caso, há um mês porque lá é maior”, contou.

Quem trabalhou com Thiago confirma que ele sempre dava oportunidade para os motoboys realizarem serviços em seu estabelecimento.

“Eu prestava serviço para ela há oito meses, ele era um cara bom. Consegui comprar os meus veículos graças a oportunidade de serviço que eu vinha realizando para ele”, contou um motoboy, que também preferiu não se identificar.

O assassinato de Thiago Trigueiro Gomes está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). Os investigadores realizaram perícia no local do crime.

Até o momento, não há informações sobre a autoria ou a motivação do ataque. Nenhuma linha de investigação está descartada, inclusive a hipótese de que o crime possa ter sido praticado por conta de uma briga ou por causa de pagamento de propina.

Depósito fechado

O depósito de bebidas, localizado na rua Joaquim de Oliveira, fechou fechado nesta quarta-feira (10). A equipe do ENFOCO esteve no local e percebeu que o chão foi lavado, já que havia marcas de água com sangue na parte de fora.

"Foi um assassino profissional, muito tiro. Como uma pessoa faz isso e consegue dormir à noite? Estamos com medo, porque se faz isso com uma pessoa tranquila, o que mais podemos esperar? O bandido chegou de capacete", relatou uma pessoa, que por medo preferiu anonimato.