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    Violência

    'Não levaram nada', diz esposa de motorista de App morto no Rio

    Gilson Francisco foi executado após não obedecer ordem de parada

    Publicado 17/07/2023 às 8:41 | Autor: Enfoco
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    A mulher já havia perdido um outro noivo, assassinado durante um assalto
    A mulher já havia perdido um outro noivo, assassinado durante um assalto |  Foto: Reprodução

    A esposa do motorista de aplicativo Gilson Francisco de Castro Júnior, de 48 anos, morto na Praça Seca na noite deste sábado (15), havia pedido a ele para não trabalhar no período noturno, por medo da violência no Rio. A mulher já havia perdido um outro noivo, assassinado durante um assalto, há 18 anos atrás.

    "Rio de Janeiro, hoje em dia, a gente sai, não sabe se vai voltar. E eu sempre falava para ele: ‘Cara, não roda de noite, não entra em favela que a gente não sabe o que pode acontecer, entendeu?’ As pessoas são muito ruins hoje em dia. A pessoa sai para trabalhar e não volta mais. Por causa de um tiro. Não levaram nada, nem o carro levaram. Só levaram o documento dele, celular, carro está lá. E a vida dele? Ele nunca mais vai voltar. Nunca mais!", disse Jaque.

    Leia+: Motorista de aplicativo é executado a tiros na Zona Oeste do Rio

    O carro da vítima foi encontrado com amassos na Rua Doutor Bernardino, perto da Rua Marangá. O corpo dele estava no interior do veículo com duas marcas de tiro, uma no peito e outra no abdômen. 

    A Polícia Militar informou que uma equipe do 18º Batalhão de Polícia Militar (Jacarepaguá) foi acionada para a Rua Doutor Bernardino, onde encontraram a vítima morta com marcas de tiros pelo corpo. A perícia foi acionada e a Delegacia de Homicídios da Capital assumiu o caso.

    Despedida

    O motorista de aplicativo Gilson Francisco, de 48 anos, conhecido como Tico, será sepultado nesta tarde de segunda-feira (17) no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. O velório dele está agendado para ocorrer a partir das 13h e o sepultamento será às 16h. 

    Gilson trabalhava como motorista de aplicativo há mais de cinco anos. A família compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o reconhecimento do corpo durante a manhã de domingo.

    A vítima tinha o hábito de entrar em contato com a esposa durante o trabalho, mas deixou de atender às ligações, o que levou a família a iniciar a busca em hospitais e a divulgar seu desaparecimento nas redes sociais. Ele foi visto pela última vez pela família no sábado (15) à tarde. Gilson deixa uma filha de 25 anos, um de 18 e outro de 12.

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