Justiça
Namorado que confessou matar jovem no Rio se entrega à polícia
Os dois mantinham um relacionamento há cerca de 2 meses
Foi preso nesta sexta-feira (18) Iago Lacê Falcão, de 26 anos, acusado de assassinar a técnica de enfermagem Rita de Kássia Nogueira, de 27 anos. Ele se entregou no final da noite na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), onde já havia confessado o crime dias antes.
O juiz Adriano Celestino Santos, da 1ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio, expediu um mandado de prisão temporária contra o universitário anteriormente.
Iago confessou o assassinato de Rita na DHC, logo após o crime. Ele se apresentou na especializada, e ainda narrou aos investigadores a dinâmica dos fatos e onde abandonou o corpo da jovem depois de matá-la, mas não havia sido preso, o que gerou ainda mais revolta nos familiares da vítima.
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A casa onde ocorreu o crime em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio, segundo vizinhos, pertence à família do universitário. Os dois mantinham um relacionamento há cerca de 2 meses.
Igor Ferreira, ex-noivo de Rita, acredita que o assassinato da jovem tenha ocorrido por ciúmes.
Por meio de nota, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) esclareceu que o acusado foi imediatamente afastado das suas atividades de residente em enfermagem na faculdade.
"Salientamos que foi aberto um processo administrativo para apurar a conduta praticada. O código de ética que rege a profissão busca respeitar a vida, a dignidade humana e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. O profissional de enfermagem deve exercer suas atividades com competência para promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética".
A UFRJ diz, ainda, que condena todo e qualquer ato de violência contra as mulheres.
"A Universidade reafirma o seu compromisso em formar profissionais que respeitem a dignidade humana e a se solidarizar em situações de violência, conforme o nosso ethos social. O Estado brasileiro precisa ser mais atuante no combate à violência contra a mulher. É preciso a criação de mais políticas públicas e uma rede de proteção às vítimas diante dessa realidade que fere de morte a dignidade e a própria existência", continua.
Por fim, a Universidade lamentou o falecimento de Rita de Kássia e se solidarizou com a dor de sua família e amigos.
"Não podemos nos silenciar diante de atos de violência e naturalizar o feminicídio. Não devemos permitir que, diariamente, mulheres sofram com a violência, tenham seus sonhos interrompidos e que famílias e amigos sejam devastados pela dor da perda. Queremos justiça por Rita de Kássia Santos", finaliza.
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