Justiça
Músico que foi preso de novo em Niterói terá apoio da prefeitura
Luiz foi detido pela segunda vez por um crime que não cometeu
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Niterói vai entrar no caso do violoncelista Luiz Carlos da Costa Justino, que foi detido após um futebol, sob acusação de ter um mandado de prisão ainda em aberto, por um crime que não cometeu.
A informação foi confirmada nesta quarta-feira (24) pelo prefeito da cidade, Axel Grael (PDT), em postagem nas redes sociais.
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"Quantos jovens, negros, moradores de comunidades continuarão a sofrer injustiças como essa? [...] Isso precisa parar", lamentou o prefeito.
Grael revelou estar em contato com o maestro e fundador da Orquestra de Cordas da Grota, Marcio Selles, e desejou forças ao artista.
"E solicitei que a Secretaria de Direitos Humanos acompanhe o caso. Justino, força neste momento, estou à disposição", reforçou Axel Grael.
Justino, de 26 anos, foi detido pela segunda vez na última segunda-feira (22). Em 2020, o artista foi preso por conta de um registro fotográfico na 79ª DP (Jurujuba). Mas ele já foi absolvido pela Justiça.
"Eu tive de novo que comprovar que não tinha nada haver com o que eles estavam falando. Me prometeram, cara, que eu não ia nem precisar falar que eu tinha passagem pela polícia. E ontem [segunda] eu tive que falar", desabafou no Instagram.
O Espaço Cultural da Grota disse, por meio de nota, que realizou contato com os advogados de Luiz. E garantiu prestar todo o suporte necessário.
"Vamos até o fim na apuração desse caso, para que uma atrocidade dessas não se repita", pontuou.
Relembre
Luiz Carlos foi preso em setembro de 2020, durante uma abordagem policial, depois de uma apresentação musical na Estação das Barcas, no Centro de Niterói.
Na ocasião, foi constatado que havia um mandado de prisão contra o músico por um assalto à mão armada, que teria acontecido em 2017, após ter sido reconhecido através de uma fotografia que constava na 79ª DP.
Acontece que o rapaz, pai de uma menina que atualmente tem cinco anos, nunca havia se envolvido em qualquer tipo de ocorrência. O músico aguardou por nove meses até sua absolvição.
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