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    Crime

    MP denuncia segurança de loja na Barra da Tijuca por racismo

    Órgão pede a suspensão do funcionamento da loja por 3 meses

    Publicado 24/11/2023 às 13:19 | Atualizado em 25/11/2023 às 15:46 | Autor: Enfoco
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    Na época, o caso foi filmado pela namorada da vítima
    Na época, o caso foi filmado pela namorada da vítima |  Foto: Reprodução

    O segurança de uma loja de grife, do Barra Shopping, na Zona Oeste do Rio, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio, pelo crime de racismo. A medida ocorreu na terça-feira (21) e foi noticiada nesta sexta (24).

    Pelo crime de racismo cometido dentro da loja, o MP requereu à Justiça a suspensão do funcionamento da unidade da Zara pelo prazo de três meses. Procurada, a loja ainda não se manifestou sobre o caso.

    LEIA+: Jogador acusa loja da Barra da Tijuca de cometer racismo; vídeo

    De acordo com a denúncia do MPRJ, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, a vítima foi impedida de sair da loja e obrigada a mostrar onde estavam peças que havia desistido de comprar.

    O fato aconteceu no dia 18 de junho e foi registrado na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

    A denúncia ressalta que a ação discriminatória foi motivada pela suspeita decorrente da cor da pele do consumidor. Destaca, ainda, o constrangimento ao qual a vítima foi submetida, uma vez que teve que voltar ao interior da loja para reaver a bolsa e dar conta das peças de roupa, que foram entregues a uma funcionária para conferência.

    Para o promotor de Justiça Alexandre Themístocles, não restam dúvidas que o segurança Henrique Durães Bernardes praticou discriminação racial.

    “Ao se voltar contra pessoa de raça negra, sem qualquer justificativa plausível, dando-lhe tratamento constrangedor e humilhante, e que certamente não se dispensaria a outras pessoas, o denunciado impôs ao consumidor negro restrições de locomoção e exigências desarrazoadas, com potencial de causar-lhe odiosa inferiorização e perversa estigmatização”, narra a denúncia.

    Procurada, a Zara informou que "a empresa ressalta que está colaborando com as autoridades desde o início das investigações do caso. A companhia não tolera nenhuma forma de discriminação e reforça que trabalha permanentemente em ações educativas vinculadas ao estrito cumprimento de seu Código de Ética e Conduta e sua Política de Diversidade e Inclusão, que também são aplicáveis aos profissionais terceirizados com os quais trabalha."

    O caso

    Um jogador de futebol acusa uma loja de roupas de racismo na Zona Oeste do Rio. Segundo Guilherme Quintino, de 20 anos, o caso aconteceu na loja da Zara, no Barra Shopping, na Barra da Tijuca.

    O atleta, que atualmente defende a equipe do Volta Redonda, diz que estava com a namorada no estabelecimento. Lá, eles chegaram a olhar algumas roupas, as colocaram em uma ecobag da própria loja para comprar, mas acabaram não levando nada, deixando a bolsa em uma arara.

    Ao saírem, eles foram abordados por um segurança. Guilherme narra que foi obrigado pelo vigilante a mostrar onde estava a ecobag com as peças que ele havia deixado. Toda a ação foi gravada pela namorada do rapaz.

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