Investigação
Motorista que levou mulher com morto ao banco pode ser 'peça-chave'
Defesa de Érika alega ter como provar que idoso chegou vivo
O idoso que foi levado já morto a uma agência bancária em Bangu, na Zona Oeste do Rio, havia falecido a cerca de 2h antes do crime, segundo a Polícia Civil. A 34ª DP (Bangu) agora investiga se ele morreu por causas naturais ou por violência física.
Segundo o delegado Fábio Luiz, a suspeita Érika de Souza Vieira Nunes era prima da vítima. Ao ser transferida para um presídio de Benfica, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta quarta-feira (17), ela tapou o rosto com uma peça de roupa.
A 'peça-chave' da investigação pode ser o motorista de aplicativo em que a suspeita chamou para ir até a agência, ainda conforme a polícia.
Leia+: Presa mulher que levou idoso morto para sacar empréstimo
Leia+: Mulher leva morto em cadeira de rodas para sacar empréstimo
Érika foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. A pena pode chegar a mais de 10 anos de prisão. Os investigadores tentam descobrir se ela ocupava o cargo de cuidadora do idoso.
“A gente precisa saber qual foi a real causa da morte, se foi natural ou violenta, e precisa ouvir algumas outras testemunhas para saber se ela realmente era cuidadora dele de fato”, elucidou o delegado Fábio Luiz.
Ainda conforme o delegado, Érika alega ser sobrinha do idoso. "Fala que a avó da mãe registrou a mãe como filha. Mas pelos documentos ela sai como prima, então ela tem parentesco de fato”, afirma.
Defesa contesta
A versão é contestada pela defesa de Érika. De acordo com a advogada Ana Carla de Souza, há provas de que a acusada é sobrinha da vítima, e de que ela entrou com o familiar vivo no banco.
Temos documentos que vão ser apresentados em juízo. É tio dela, temos como provar isso. Temos como provar que o senhor Paulo chegou na unidade bancária vivo
Ainda conforme a defesa, todos da família moravam no mesmo quintal, e sempre cuidavam um do outro.
“O seu Paulo era uma pessoa muito independente, não somente pela idade, mas porque ele também era alcoólatra, então ele precisou de maiores cuidados, e a senhora Érika prestou esses cuidados”, diz.
Internação
Segundo os investigadores, o empréstimo já havia sido solicitado pelo idoso no dia 25 de março e faltava apenas a assinatura dele para a retirada do dinheiro.
Contudo, a vítima ficou debilitada e precisou ser internada. Segundo o delegado da 34ª DP, Fábio Luiz, Érika de Souza Vieira Nunes sabia desse fato.
Horas após o óbito, a mulher entrou com o cadáver em uma agência bancária de Bangu nesta terça-feira (16) e tentou sacar R$ 17 mil.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!