Violência
Motorista atropela ciclista após festa de casamento em Niterói
Casal se chocou com cena violenta e prestou depoimento
A confeiteira Juliana Morse, de 33 anos, passou por um momento de pânico na madrugada de sábado (27) após a festa de comemoração dos 10 anos de seu casamento, no bairro São Francisco, na Zona Sul de Niterói.
Segundo Juliana, o motorista de aplicativo que uma familiar havia solicitado atropelou propositalmente um ciclista e, em seguida, agrediu a vítima com golpes de canivete na Avenida Quintino Bocaiúva, após uma discussão de trânsito.
“Era final das minhas bodas, renovação de votos. A minha tia chamou o Uber e já estava todo mundo indo embora. E ela ia levar a minha filha junto, inclusive. Ela percebeu que chamou o motorista de aplicativo, o cara cancelou. Chamou novamente. Aí na hora que ele chegou ele cancelou também. A gente achou muito estranho e ficamos observando o carro. Nisso que a gente observou o carro, passou um cara de bike e eles se xingaram. O homem que estava na bike andou e ele simplesmente jogou o carro em cima atropelando o ciclista”, relatou Juliana.
Fúria
Após o atropelamento, conforme a denúncia, o motorista desferiu golpes de canivete na vítima caída no chão. Tudo ocorreu por volta de 0h.
"Ele saiu do carro com um canivete em punho, só que ao invés dele dar com a parte da lâmina no cara ele ficou dando com as costas do canivete. Ele estava com muita fúria e falava: 'fiz mesmo, eu uso canivete, eu uso faca mesmo pra trabalhar, porque eu trabalho de madrugada e eu preciso me defender'", contou Juliana.
Socorro
As agressões só cessaram quando o marido de Juliana conseguiu afastar o motorista do ciclista. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou socorro à vítima, que sofreu diversas escoriações.
“Foi muito estranho. Ver ele jogando o carro e atropelando uma pessoa foi uma cena horrível que não sai da minha cabeça”, desabafou Juliana.
Após receber o atendimento, tanto a vítima quanto testemunhas e o acusado foram levados para a 79ª DP (Jurujuba), acompanhados pela Polícia Militar.
“Na delegacia, ele afirmou tudo o que ele fez. Em momento nenhum ele negava o que ele fazia. Estava muito alterado”, relatou Juliana.
O motorista prestou depoimento e foi liberado. De acordo com a Polícia Civil, ele foi autuado por lesão corporal e o caso foi encaminhado para o 1° Juizado Especial de Niterói.
O ENFOCO procurou os aplicativos de transporte citados pelas testemunhas, no entanto, ainda não teve um posicionamento.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!