Militar que matou vizinho tem pedido de liberdade negado

A Justiça do Rio manteve a prisão do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, acusado de matar a tiros o vizinho Durval Teófilo Filho. O crime aconteceu em fevereiro, deste ano, quando a vítima chegava em casa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

Na decisão, o juiz explica que a razão para continuar com a prisão do militar é para garantir a ordem pública e da preservação da integridade física e psicológica das pessoas que irão depor dobre o caso. 

O crime aconteceu na noite do dia 2 de fevereiro no bairro Colubandê. Aurélio Alves estava dentro do carro e atirou contra o vizinho que estava com uma mochila na frente do corpo. Imagens do circuito de segurança registraram o momento do crime. 

Na ocasião, a Justiça acatou um pedido do Ministério Publico do Rio (MPRJ) e indiciou o militar por homicídio doloso (quando existe a intenção de matar) duplamente qualificado. No documento, a promotoria afirma que o crime foi cometido por motivo torpe, sem que a vítima tivesse direito de defesa. 

Entenda 

O circuito de segurança mostra o momento em que Durval chega em um condomínio em que morava com a família. O vizinho, Aurélio Alves, está dentro de um carro estacionado. Ao perceber a aproximação de Durval, atira ainda de dentro do veículo, baleado a vítima. Logo depois, o militar desembarca e atira outras duas vezes. 

O próprio militar é quem socorre a vítima para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no mesmo bairro, mas ela não resistiu. À polícia, o autor dos disparos disse que percebeu a aproximação muito rápida do vizinho. Durval deixou esposa e uma filha de 6 anos. 

Protesto 

A família de Durval promete, para a próxima quarta-feira (9), realizar uma manifestação em frente ao condomínio onde ele morava com a esposa e a filha. A viúva, Luziane Teófilo, garante que a faixa com a hastag #justicapordurval, será recolocada na entrada do condomínio. Após o ato, a família será recebida na Câmara Municipal de São Gonçalo.