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    Racismo

    Menor é chamada de 'cabelo de macaco' em grupo da escola no Rio

    Polícia Civil apura o responsável pela ofensa

    Publicado 22/12/2022 às 11:59 | Autor: Enfoco
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    O caso está sendo investigado pela Polícia Civil
    O caso está sendo investigado pela Polícia Civil |  Foto: Reprodução/Twitter

    A Polícia Civil apura um caso de injúria racial contra uma criança de 11 anos aluna da Escola Estadual Almirante Frontin, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.

    A menina foi chamada de "neguinha com cabelo de macaco", no último dia 20, pelo responsável de um aluno. Isso por meio de um áudio encaminhado no grupo de Whatsapp da turma da escola, segundo a denúncia. 

    O caso foi registrado na 20ª DP (Vila Isabel). A família também quer fazer queixa na Delegacia de Crimes Raciais (Decradi).

    A mãe da vítima, Carolina Victor, reparou que tinha algo errado com a filha, por conta da mudança de postura da pequena. Ela relevou à TV Globo que a menina "se recuou, ficou quieta no canto dela, só chorando".

    A partir daí, Carolina pegou o celular da filha e leu as mensagens com ofensas racistas.

    Por meio de rede social, a mãe afetiva Rayane Vitória lamentou o caso. Ela começou a série de posts dizendo que "hoje a publicação está coberta de dor e indignação".

    "Minha filha de coração sofreu (mais uma vez), de forma cruel e covarde destilação de ódio de forma gratuita por amigas de classe, e pelo pai de uma das amigas", relata.

    No decorrer do desabafo, Rayane diz que o sentimento é o de impotência.

    "Uma criança em formação, em uma fase de entendimento e aceitação, ouvir coisas tão cruéis de um ser humano. E infelizmente não para por aí. Amigas de classe, continuaram a destilar mais ódio com áudios aonde dizem que as tranças que ela usa, são para esconder os piolhos, dentre outras coisas".

    Ao tomar ciência da situação, a família da vítima disse que entrou em contato com a escola pedindo uma orientação e esclarecimento para chegarem até os responsáveis pelo crime, mas que houve omissão por parte da direção.

    "Os mesmos responsáveis pela direção preferiram se omitir perante o caso, e usaram a frase 'temos coisas mais importantes para resolver!'. Simplesmente aonde o acolhimento é fundamental e imprescindível", lamentou.

    A Secretaria de Estado de Educação informou que o Colégio Estadual Almirante Frontin, em Campo Grande, é compartilhado com a Prefeitura do Rio, sendo gerida pelo Estado apenas no turno da noite.

    Em nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que não compactua com atitudes racistas na comunidade escolar e que essa postura não representa o trabalho realizado na rede. 

    “A equipe de direção da escola já chamou os responsáveis da aluna para apurar os fatos e tomar as devidas providências”, diz a nota.

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