Violência
Menina de 11 anos é morta por se tornar 'sexualmente ativa' em SC; mãe e padastro estão presos
A morte foi cometida pela mãe por meio de socos e chutes
Uma menina de 11 anos foi morta dentro de casa pela própria mãe por meio de socos e chutes, na região do Timbó, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, na última quarta-feira (14). A mãe alegou que a filha havia se tornado "sexualmente ativa" e teria cometido o crime como forma de represália.
Mãe e o padrastro da criança já estão presos preventivamente. As prisões temporárias têm prazo de 30 dias, segundo a Polícia Civil.
Segundo os investigadores, a menina tinha diversas lesões pelo corpo. A mãe confessou o crime. Já o padrasto da vítima teria negado participação.
A Delegacia de Timbó informou em nota divulgada neste sábado (16) que a investigação prossegue em torno da participação do padrastro na morte da criança. Também para evidenciar se houve ou não a prática de crime contra a dignidade sexual.
A Polícia Civil disse que inicialmente o casal apresentou a versão de que a menina caiu de uma escada, após tratar seu gato. Os acusados disseram, ainda, que a vítima teria ficado consciente e realizado as atividades normais até a hora de dormir. A menina só teria passado mal à meia-noite, quando o Corpo de Bombeiros foi acionado, de acordo com o casal.
Acontece que o laudo da necropsia, informa a polícia, apontou que os ferimentos no corpo da criança eram incompatíveis com uma queda de escada.
"Considerando as informações do médico legista, da médica do Hospital OASE (Hospital Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas), bem como do perito criminal, a versão apresentada pelos responsáveis legais entrou em completa contradição com as lesões apresentadas pela vítima, ou seja, a criança estaria lesionada demais para quem apenas caiu de uma escada", diz a nota da Polícia Civil.
O casal foi convocado de novo para depor, dessa vez acompanhados de advogado. Ambos foram esclarecidos das contradições entre a versão apresentada e as provas reunidas. O padrastro ficou em silêncio. Já a mãe, por sua vez, ouvida pela psicóloga policial, confessou ter matado sua própria filha com socos e chutes.
O médico legista evidenciou que a vítima tinha diversas lesões e contusões internas (crânio, baço, pulmão, alças intestinais e laceração na vagina) e externas (face, membros superiores, inferiores e região torácica).
Além disso, ainda segundo nota da Polícia Civil, o exame no local dos fatos constatou marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança, no sofá, em uma toalha, fronha e calça masculina.
"[A genitora] alegou que o motivo seria que a menina tinha um relacionamento afetivo, em que ela teria se tornado sexualmente ativa, o que a mãe não aceitou e por isso agrediu a menina como forma de represália", conta a polícia.
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