Internada
Menina baleada por agente da PRF no Rio tem piora no quadro clínico
Heloísa dos Santos, de 3 anos, está internada na Baixada
O quadro de saúde da menina Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, que foi baleada durante uma abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), apresentou uma pequena piora na manhã desta quarta-feira (13), de acordo com um boletim médico divulgado pela secretaria de Saúde de Caxias.
O estado de saúde de Heloísa é descrito como instável e gravíssimo. Ela está internada no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, desde 7 de setembro, quando foi baleada enquanto voltava para casa com a família.
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As autoridades estão investigando a conduta do agente da PRF que esteve à paisana no hospital onde a menina está internada.
Imagens das câmeras de segurança do hospital mostram o homem entrando no local, sem se identificar, e sendo seguido por um segurança até o corredor da emergência pediátrica. O agente foi identificado como Newton Agripino de Oliveira Filho.
O pai de Heloísa, William Silva, prestou depoimento no Ministério Público Federal (MPF) e afirmou que conversou com o agente da PRF que estava no local.
As investigações estão em andamento para determinar as circunstâncias do incidente, e se for provado que o policial entrou no centro de tratamento intensivo (CTI) sem autorização, isso pode ser caracterizado como abuso de autoridade, além de sanções disciplinares por parte da PRF.
"A Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal foi ao hospital no mesmo dia e identificou o policial que esteve na unidade sem autorização. Por padrão, a PRF não divulga informações pessoais dos seus servidores. Como a presença se deu sem autorização e sem o conhecimento da PRF, foi aberto um procedimento na Corregedoria para apurar as razões", diz a nota da PRF.
Policial admitiu ter disparado
No primeiro depoimento dado à Polícia Civil, o agente da PRFFabiano Menacho Ferreira admitiu ter realizado os disparos de fuzil que atingiram a menina Heloísa.
Ele relatou que os policiais notaram um veículo Peugeot 207 e que a placa indicava que o carro era roubado. Eles começaram a seguir o veículo, acionaram as luzes de emergência e a sirene na tentativa de fazer o motorista parar.
Após cerca de 10 segundos seguindo o veículo, eles ouviram o som de um disparo de arma de fogo e se abaixaram dentro da viatura.
Fabiano Menacho alegou que então disparou três vezes com seu fuzil na direção do Peugeot porque a situação o levou a acreditar que o disparo que ouviram havia vindo do veículo da família de Heloísa.
Os outros agentes, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva, corroboraram a versão de seu colega.
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