Nervoso
Médica responsável por atender bebê torturada ficou ‘trêmula’
'59 hematomas num corpo tão pequeno', disse a profissional
A médica Ana Cláudia Regert, médica da Clínica da Família Hans Jurgen Fernando Dohmann, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, responsável pelo atendimento da bebê Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima, de 2 anos, que morreu na tarde de quinta-feira (9), após ser torturada, disse ao portal “Extra” ter ficado “trêmula” ao lembrar do caso.
A bebê chegou a ser encaminhada para a unidade de saúde, mas já estava sem vida. O pai da criança, Marcos Vinicius Lino de Lima, de 27 anos, e a madrasta Patricia André Ribeiro, de 22, foram presos em flagrante por homicídio qualificado.
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De acordo com a médica, o casal chegou na unidade gritando que o bebê não estava respirando, ela foi levada para a sala de procedimento, que fica isolada, no local, após avaliação, foi constatado que ela passava por uma parada cardíaca e então manobras foram feitas para reverter a situação. No entanto, a médica relata que era “notório” que o caso era irreversível.
“Chegaram dizendo que ela não estava respirando. Fizemos manobras, mas não por muito tempo, porque era notório que era um caso não reversível, a paciente dava sinais clínicos de não ter sido em tão pouco tempo como eles relataram, não tinha sido há poucos minutos”, explicou Ana Cláudia.
O caso chegou à polícia pela própria médica, que observou o estado da menina e foi até a delegacia andando.
“Tive que quantificar esses hematomas. Eram 59 lesões num mini corpo, num corpo tão pequeno. É a primeira vez que vejo algo assim. É muito difícil reviver essa imagem, só de lembrar dela, fico trêmula”, relata a médica.
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