Falso testemunho
Médica que atestou morte de jovem será investigada no Rio
Mulher prestou falso testemunho, segundo as investigações
A médica Maria Cecília Gonçalves, responsável por atender e atestar a morte da jovem Fernanda Cabral, vai ser investigada por falso testemunho, de acordo com o delegado Flávio Rodrigues, da 33ª DP. A jovem morreu após ingerir alimento envenenado e ficar internada por 12 dias no hospital.
Em coletiva realizada nesta quinta-feira (7), o delegado informou que, em depoimento, a médica disse que a decisão de não mandar o corpo de Fernanda para perícia no Instituto Médico Legal foi do chefe de plantão. Contudo, de acordo com os investigadores, a decisão foi dela.
O exame pós-exumação realizado no corpo de Fernanda Carvalho, de 22 anos, confirmou que a vítima foi envenenada. A principal suspeita é a própria madrasta Cintia Mariano, que está presa após também ser acusada de tentativa de homicídio contra Bruno Cabral, de 16 anos, irmão de Fernanda.
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A jovem morreu no mês de março, depois de mais de uma semana internada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste do Rio. No atestado de óbito de Fernanda constava como morte natural.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que a direção do hospital 'está à disposição para prestar todas as informações que possam contribuir com a investigação'.
Os mesmos sintomas apareceram em Bruno Cabral, de 16 anos, irmão de Fernanda. Evidências da presença dos compostos carbofurano e terbufós no material gástrico do enteado de Cintia Mariano Cabral, foram apresentadas no laudo de exame complementar produzido com base em análise realizada pelo Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Cintia Mariano foi indiciada pela polícia por homicídio doloso e tentativa de homicídio. A pena pode chegar a 20 anos de prisão.
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