Mais uma jovem denuncia estupro que teria sido cometido por PM

Mais um caso de estupro supostamente cometido pelo cabo da Polícia Militar Gerson de Paula foi denunciado por uma jovem na manhã desta quarta-feira (3), em Saquarema, Região dos Lagos do Rio. De Paula foi preso na manhã de segunda-feira (1º)após ter sido denunciado por outra jovem que foi estuprada durante uma abordagem policial.

Segundo o advogado Jefferson Barros, a jovem foi vítima do cabo duas vezes em um curto intervalo de tempo. O advogado informou que o policial procurou a vítima uma terceira vez, mas ela não estava mais no mesmo local, por medo.

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"Na terceira vez que poderia ter acontecido, ele ainda tomou o telefone de um dos parentes pra tomar ciência do número de telefone dela e ainda ficou ligando pra ela, passando mensagens e ameaçando dizendo que se ela procurasse as autoridades policiais ele iria matá-la. Depois que ele foi preso ela se sentiu um pouco mais aliviada e mais a vontade pra poder trazer justiça pra ela", disse o advogado.

De acordo com a Delegacia de Saquarema, a vítima registrou a segunda vez que foi estuprada, mas não identificou o autor por ter medo.

Devido às investigações estarem em curso, a equipe da 124ª DP, coordenada pelo delegado André Bueno, observou como o policial agia e ligou um caso ao outro e chamou novamente que a vítima fosse prestar mais um depoimento. As fotos dos quatro policiais que foram presos no caso anterior foram apresentados à jovem, mas somente De Paula foi reconhecido.

Segundo o advogado, as duas vezes que o policial praticou o crime, ele ia na casa onde a vítima mora com a família, junto de outros dois policiais, informando estarem fazendo buscas por drogas. Com isso, eles entravam nas residências de forma agressiva. Ainda de acordo com a denúncia, o cabo De Paula abusou da jovem dentro da casa dela, durante uma ação.

De acordo com a polícia, a vítima relatou que enquanto era abusada pelo policial, ela também foi abusada por outros dois homens, que ela não conseguiu identificar. A denúncia também revelou que os celulares das vítimas e dos familiares foram levados na ação.

Os abusos sexuais teriam acontecido em 2023, enquanto o cabo Gerson de Paula ainda atuava pelo Proeis. Entre um caso e outro, De Paula teria continuado a rodear o local e seguia ameaçando a vítima ao dizer que voltaria.