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    Investigações

    Laudo aponta que policial levou três tiros e morreu afogado

    Peritos ainda contaram que vítima poderia ter sobrevivido

    Publicado 18/05/2022 às 15:30 | Autor: Enfoco
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    Laudo apontou asfixamento por afogamento e hemorragia.
    Laudo apontou asfixamento por afogamento e hemorragia. |  Foto: Lucas Alvarenga

    O laudo sobre a morte do papiloscopista da Polícia Civil Renato Couto Mendonça, de 41 anos, apontou que o homem levou três tiros e tinha sinais de afogamento. As vias aéreas da vítima possuía areia e lama. Segundo o documento, o homem tinha chances de sobreviver caso fosse socorrido.

    O policial foi morto por militares da marinha após uma discussão em um ferro-velho na Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio na última sexta-feira (13). O homem foi beleado no adbômen, na cintura e na perna antes de ser jogado ainda vivo no Rio Guandu, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.

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    De acordo com peritos do Instituto Médico-Legal (IML), o tiro na perna foi o mais grave, mas foi contido por tecidos do próprio corpo com a formação de um hematoma na musculatura da coxa e por coágulos. O feito fez com que diminuísse a hemorragia externa.

    O corpo do policial civil foi encontrado na manhã desta segunda-feira (16), no rio Guandu, às margens da BR-493, no trecho do Arco Metropolitano do Rio, em Japeri, na Baixada Fluminense. 

    Investigações

    No mesmo dia, a Polícia Civil realizou uma coletiva para esclarecer as investigações. De acordo com o delegado Adriano França, titular da delegacia da Praça da Bandeira (18º DP) todos os envolvidos no assassinato do agente são considerados criminosos. 

    "São criminosos. No depoimento, um dos militares diz para os colegas que eles estavam com um problema e precisavam resolver esse problema. O problema era o corpo do Renato. Eles colocaram o corpo na van e desovaram no rio Guandu".

    Segundo o delegado Antenor Lopes, diretor da Polícia Civil, a vítima já tinha feito sete denúncias contra os donos do ferro velho por conta dos furtos. 

    "O Renato já havia realizado sete registros sobre furtos, estavam levando tudo que ele  tinha e isso estava deixando ele atordoado. Ele estava investindo todo dinheiro da família nessa obra", disse Antenor.

    O Tribunal de Justiça do Rio, (TJ-RJ), através do juiz Rafael de Almeida Rezende converteu na tarde de segunda-feira (16) em preventiva a prisão em flagrante dos quatro acusados pela morte de Renato Couto.

    Os três militares da Marinha e o dono de um ferro-velho localizado na Mangueira, na Zona Norte do Rio, são acusados de armar uma emboscada para a vítima, após uma discussão sobre roubo de peças e materiais de obra.

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