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    Investigações

    Justiça mantém prisão de madrasta acusada de envenenar enteados

    Cíntia está presa no presídio de Benfica desde sexta (20).

    Publicado 22/05/2022 às 17:36 | Autor: Rômulo Cunha
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    Fernanda Carvalho morreu no dia 27 após uma parada cardíaca.
    Fernanda Carvalho morreu no dia 27 após uma parada cardíaca. |  Foto: Redes Sociais

    O Tribunal de Justiça do Rio manteve neste domingo (22) a prisão de Cíntia Mariano Dias Cabral, acusada de envenenar dois enteados em Bangu, na Zona Oeste do Rio, em março e maio deste ano. A mulher está presa desde sexta-feira (20) quando foi para o presídio de Benfica, na Zona Norte da cidade.

    A audiência de custódia foi realizada nessa tarde. De acordo com o advogado Carlos Augusto Santos, a mulher informou que é inocente e em nenhum momento confirmou o envenenamento. 

    A acusada chegou a ser hospitalizada após, supostamente, ter tentado cometer suicídio. No entanto, Carlos não confirmou o caso, mas ressaltou que Cíntia toma remédios por causa de provlemas psicológicos.

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    O advogado ainda defende que a prisão da mulher é "totalmente prematura e precipitada". De acordo com ele, uma perícia realizada no feijão que estava na casa de Cíntia mostra ausência de substância tóxica. A defesa também negou a presença de chumbinho na residência. 

    Aspas da citação
    Ela tem quatro cachorros. O que a polícia encontrou foi Butox, um remédio para carrapato de cachorro.
    Carlos Augusto Santos Advogado
    Aspas da citação
      

    Crime

    Acusada postava mensagens de carinho enquanto enteada estava internada.
    Acusada postava mensagens de carinho enquanto enteada estava internada. |  Foto: Redes Sociais

    Cíntia foi presa no início da noite dessa sexta-feira (20) pelo suposto homicídio de Fernanda Carvalho, de 22 anos, em março deste ano, e suposta tentativa de homicídio de Bruno Carvalho, de 16 anos, neste mês. Nos dois casos, que aconteceram em Bangu, na Zona Oeste do Rio, foram usadas técnicas de envenenamento.

    Fernanda foi internada no hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, no dia 14 de março e no dia 27 do mesmo mês veio a falecer com uma parada cardíaca. Dois meses depois, seu irmão, Bruno, foi internado com os mesmo sintomas.

    A situação chamou a atenção de equipe médica, que acionou a polícia sobre o caso. Os dois teriam ingerido alimentos preparados com o veneno Chumbinho. Bruno ficou internado por menos de uma semana e recebeu alta nesta quinta-feira (19).

    De acordo com o relato da mãe, Bruno percebeu que haviam ''pedrinhas azuis'' em seu feijão, que foi preparado por Cíntia. Logo após o menino ter percebido, a madrasta teria tirado o prato de sua mão. As investigações apontam que um veneno para pulgas foi encontrado na cozinha da casa de Cíntia.

    Segundo as investigações da Delegacia de Realengo (33ª DP), a motivação do crime seria ciúmes. O filho biológico de Cíntia teria revelado uma confirmação que a mãe colocou chumbinho na comida. Essa versão é negada pela defesa da acusada.

    A mulher também está sendo investigada se possui envolvimento na morte de seu ex-marido e de uma vizinha. O advogado Carlos Augusto contou que não teve acesso às investigações desses casos.

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