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    Investigação

    Justiça decreta prisão preventiva de PM que matou jovem de Niterói

    Rafaella Borda voltava de um baile funk no Morro dos Prazeres

    Publicado 03/02/2024 às 19:30 | Atualizado em 03/02/2024 às 19:46 | Autor: Gabriel Villa Nova
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    Rafaella Borda sonhava em cursar Direito
    Rafaella Borda sonhava em cursar Direito |  Foto: Rede social

    A Justiça do Rio decretou, neste sábado (3), a prisão preventiva do policial militar José Carlos de Souza da Silva Filho, acusado de matar Rafaella Borda Vieira, de 22 anos, no dia 16 de junho de 2023. A jovem, que estava dentro de um carro, foi atingida por um único de fuzil nas costas quando voltava de um baile no Morro dos Prazeres, no Centro do Rio. O PM era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade.

    Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, os promotores afirmaram que Rafaella foi atingida sem que houvesse uma troca de tiros no momento "ou qualquer grave ameaça à vida do policial militar".

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    Ainda de acordo com a denúncia, “o crime foi praticado mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que o policial militar efetuou o disparo de forma absolutamente inesperada, acertando a vítima pelas costas e sem chance de defesa."

    Rafaella chegou a ser socorrida para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

    Sonho interrompido

    Rafaella era moradora do bairro Engenho do Mato, na Região Oceânica de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Ela era solteira. Parentes a definiram como uma mulher simpática e com muitos amigos. A jovem tinha dois irmãos, por parte de pai, e sonhava em estudar Direito.

    Versões

    Na época do crime, uma das testemunhas que estava no carro junto com Rafaella, seguindo para um baile funk na comunidade do Fallet. O motorista teria entrado por engano na contramão de uma das entradas da comunidade, quando teria cruzado com uma viatura. Para evitar uma colisão, o condutor teria entrado em uma outra via.

    A testemunha afirmou ainda que viu os policiais seguiram o carro e que em questão de segundos, ouviu disparos, sendo que apenas um teria atingido o veículo e a jovem. 

    Ainda na época, os policiais militares que estavam na ocorrência foram afastados e negaram, por duas vezes, a autoria dos disparos. Porém, as investigações apontaram que a viatura em que estava o policial preso era a que estava na abordagem e que na sequência foram efetuados disparos de fuzil.

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