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    Investigação

    Jovem some de clínica e é achado morto em Itaboraí; dono vai depor

    Mãe do paciente presta depoimento na 71ª DP (Itaboraí)

    Publicado 19/07/2023 às 12:25 | Atualizado em 19/07/2023 às 12:52 | Autor: Ana Carolina Moraes
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    Jovem Patrick Cardoso Fonseca foi achado morto no dia 2 de julho
    Jovem Patrick Cardoso Fonseca foi achado morto no dia 2 de julho |  Foto: Arquivo pessoal

    Dias após o paciente Patrick Cardoso Fonseca ser achado morto próximo a Clínica Alpha Reabilitação Social, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, o dono do espaço, Marcos Paulo Soares, resumiu o caso como uma "fatalidade".

    Ele disse, nesta quarta-feira (19), que o jovem "era mais que um paciente e que era um amigo". Patrick foi encontrado sem vida, no dia 2 de julho, com uma corda pendurada no pescoço e um equipamento conhecido como mosquetão. O corpo estava amarrado a uma árvore em um terreno próximo da clínica. 

    Patrick é natural de Copacabana, na Zona Sul do Rio, mas foi morar no Reino Unido com a família ainda muito novo. Ele foi criado na Inglaterra, mas voltou ao Brasil há cinco anos para morar com a avó.

    O jovem foi internado e estava em tratamento contra álcool e drogas há um ano. Ele receberia alta no dia 1º de julho, mas sumiu da clínica dois dias antes. 

    A Polícia Civil investiga o caso como suicídio, mas a família da vítima acredita que não. O caso está sendo investigado na 71ª DP (Itaboraí), onde a mãe do jovem é ouvida até o início desta tarde. Ela foi acompanhada do advogado. O responsável pela clínica foi intimado e vai prestar depoimento às 14h.  

    Ao ENFOCO, Marcos Paulo Soares contou um pouco da rotina que tinha com o paciente na clínica.

    “Pra gente foi uma fatalidade. Infelizmente, a gente não esperava que uma pessoa que era tão querida por nós vivesse uma situação como essa, né? Ele, como paciente, tinha o direito de ir e vir e foi a escolha dele fazer o que ele fez. Estou muito triste com tudo isso”, contou ele. 

    Patrick ao lado do dono da clínica Alpha Reabilitação Social
    Patrick ao lado do dono da clínica Alpha Reabilitação Social |  Foto: Arquivo Pessoal
    Aspas da citação
    Ele era pra mim mais que um paciente, né? Ele era meu amigo, ele era um paciente que ia comigo até mesmo pro mercado, mas, infelizmente, ele tinha outros problemas com a família, problemas estruturais, emocionais, que aí já não compete mais
    Marcos Paulo Soares dono da clínica
    Aspas da citação
     

    Marcos lembra, ainda, que Patrick tinha autonomia para entrar e sair da clínica quando bem entendesse. E contou que ele ficou desaparecido por dois dias, até ser encontrado morto.

    “O Patrick tinha livre acesso de entrada e a saída (na clínica). Ele já tinha até uma alta programada. Já havia um combinado com a família que iria vir buscá-lo no dia 1º de julho, mas depois a família mesmo mudou essa data [para 8 de julho], não sei por qual motivo, não sei se foi uma questão financeira. A mãe me passou que não tinha condições de comprar as coisas para o sustento pessoal do próprio paciente. E ele ficou um pouco disfuncional depois disso”, afirmou ele. 

    Indagado pela reportagem se o paciente fugiu da clínica, Marcos Paulo Soares afirmou:

    “Depende do que você está falando do que é fugir. Ele fugiu de quem? Dele mesmo? Só se foi né? Porque ele não era preso, fuga geralmente fica preso, né?”.

    Mensagens de Marcos Paulo avisando a família de Patrick que o jovem fugiu foram encaminhadas para a polícia. Sobre isso, ele disse que “pode ter vários significados".

    "Ele fugiu de quê? Porque ele tinha livre acesso. Pra entrar e sair quando quisesse. A mãe ligava às vezes até pra ele sair daqui, pra ele ir sozinho ver a filha. Ele saiu daqui sozinho pra tirar o RG, pra tirar o documento de identidade que ele não tinha. Entendeu?”, contou Marcos Paulo. Ele afirmou ter como comprovar essas informações. 

    À reportagem, Marcos enviou fotos dele com Patrick no mercado e de um bolo de aniversário feito pelo paciente. 

    O depoimento de Marcos ainda é aguardado na delegacia. Os policiais militares que localizaram o corpo, após denúncias, no entanto, já foram ouvidos. Familiares da vítima estão prestando depoimento na 71ª DP (Itaboraí) nesta quarta-feira (19). Eles ainda não falaram com a imprensa. 

    Questionado sobre câmeras no local, Marcos disse que a clínica não possui esse recurso. 

    Em nota, a Polícia Civil informou que “o fato foi registrado na 71ª DP (Itaboraí) como suicídio. Diligências estão em andamento para conclusão do caso”.

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