Jovem esquartejada no Rio tinha encontro marcado com namorado

Enquanto a Polícia Civil prossegue com sua investigação sobre a morte de Júlia Vieira Ribeiro, de 24 anos, familiares e amigos da jovem lutam para compreender o que levou ao seu desaparecimento, morte e subsequente descoberta do corpo esquartejado em uma lixeira na Rua Conselheiro Galvão, em Madureira, Zona Norte do Rio.

A principal suspeita gira em torno de um relacionamento misterioso que Júlia mantinha há pouco mais de dois meses com um namorado que ainda não teve sua identidade revelada.

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Em entrevista ao portal "G1", uma amiga próxima de Júlia, que pediu para permanecer anônima, revelou que a última mensagem no status do WhatsApp de Júlia, postada na noite do dia 2, anunciava seu encontro com o misterioso namorado. A amiga refutou a ideia de que Júlia estivesse passando informações para terceiros.

"As pessoas falam que ela estava passando informação. Não acredito nisso porque ela sempre morou em comunidade. Nasceu e foi criada ali, e sabia muito bem como as coisas funcionavam. Acredito que ela possa ter se envolvido com alguém de outra comunidade, e o tráfico local achou que ela estava passando informação", enfatizou. 

Casal planejava morar juntos

A amiga também afirmou que Júlia estava profundamente apaixonada pelo namorado e que eles planejavam um futuro juntos.

"Eles estavam juntos por cerca de dois ou três meses. Ela mencionou que receberia um celular dele e que planejavam morar juntos. Quando questionada sobre a identidade dele, Júlia mantinha um ar de mistério, brincando que ele era casado embora ele negasse", relembrou a amiga. Ela acrescentou que Júlia sempre foi uma pessoa responsável, estudiosa e trabalhadora.

Alguém de outra comunidade

"Estudamos juntas. Desde os tempos de escola, ela já era parte do programa 'Menor Aprendiz'. Apenas recentemente, devido aos filhos, ela não estava trabalhando em tempo integral, mas ainda assim fazia trabalhos temporários, como colocar cílios", disse a amiga.

Ela expressou sua descrença na teoria de que Júlia teria fornecido informações a traficantes rivais, sugerindo que Júlia poderia ter se envolvido romanticamente com alguém de outra comunidade.

"Acredito que ela pode ter tomado decisões imprudentes e se apaixonado por alguém que não deveria. Ela era jovem e bonita. Tudo o que queremos é entender por que ela desapareceu por tanto tempo e, depois, foi encontrada de maneira tão cruel", lamentou a amiga.

Segundo a mesma fonte, os filhos de Júlia estão sob os cuidados de uma tia. O sepultamento da jovem ocorreu na terça-feira (12), no Cemitério de Irajá.

Cartaz divulgado

O Disque Denúncia também lançou um cartaz na terça-feira (12), pedindo informações que possam ajudar nas investigações sobre as circunstâncias e os responsáveis pela morte de Júlia Vieira Ribeiro. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), responsável pelo caso, trabalha com a hipótese de que traficantes locais possam estar envolvidos devido à extrema brutalidade do crime.