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    Crime

    Inquérito de militares carbonizados na Região dos Lagos é concluído

    Caso aconteceu em dezembro de 2022 em São Pedro da Aldeia

    Publicado 24/03/2023 às 18:42 | Autor: Agnes Aguiar
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    Carro dos militares foi encontrado carbonizado
    Carro dos militares foi encontrado carbonizado |  Foto: Divulgação/Polícia Civil

    A Polícia Civil encerrou nesta sexta-feira (24) inquérito sobre a morte de dois militares da Marinha e do Exército que foram encontrados carbonizados dentro de um carro. O caso ocorreu em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio, no dia 3 de dezembro de 2022.

    O sargento da Marinha, Sidney Lins dos Santos Júnior, e o sargento do Exército, Júlio César Mikaloski Equey, vítimas do acidente, foram torturados, mortos e tiveram seus corpos carbonizados. Os dois estavam na região para assistir ao jogo do Brasil pela Copa do Mundo do Catar, que ocorreu um dia antes do assassinato.

    Nesta quinta-feira (23), policiais civis da 125ª DP (São Pedro da Aldeia) cumpriram mandados de prisão preventiva contra dois policiais militares, do batalhão da Região dos Lagos. Ambos são acusados pela polícia de cometerem o crime junto com um terceiro homem, que seria primo de um dos policiais.

    Em janeiro deste ano, o policial militar Alexsander Amorim da Silva foi preso ao se tornar suspeito do crime e estava na Unidade Prisional da PM. Segundo a Polícia Civil, outro policial, Marcos Paulo Tavares Ferreira, teria se apresentado à delegacia junto com um advogado depois que ficou sabendo sobre o mandado de prisão contra ele. O terceiro suspeito, Luiz Marcelo Amorim Trindade, de acordo com a Polícia Civil, é primo de Alexsander e continua foragido.

    Os dois policiais e o terceiro suspeito responderão por duplo homicídio qualificado, destruição de cadáveres e fraude processual.

    Investigações

    Segundo as investigações, os militares foram mortos dentro de uma boate e levados de carro para a Estrada da Caveira, local conhecido pelos policiais como local de desova de corpos. A investigação começou depois que as ossadas foram encontradas carbonizadas.

    De acordo com a polícia, duas mulheres identificadas como donas da boate, limparam toda a cena do crime antes da chegada da perícia. No entanto, os agentes identificaram sangue no local em uma vassoura quando usaram um reagente químico luminol.

    O reagente também apontou sangue em um galão de combustível que foi encontrado na mala do carro de um dos policiais presos e outras partes do veículo.

    As duas mulheres entraram em contato com o Ministério Público (MP) junto de seus advogados, ao serem informadas que estavam sendo procuradas pela Justiça. Elas buscavam se isentar da participação, foram ouvidas remotamente e confirmaram o que tinha sido investigado e deram detalhes do ocorrido. Ambas responderam por fraude processual.

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