Botafogo
Funcionária de restaurante acusa cliente de racismo: 'Macaquinha'
Mulher, presa em flagrante, pagou fiança e foi liberada
Uma funcionária de um restaurante em Botafogo, na Zona Sul do Rio, acusa uma cliente de racismo durante um jantar no estabelecimento no último domingo (18).
Segundo relatos, o caso aconteceu durante uma pausa no trabalho. Após as ofensas, a mulher foi presa em flagrante, pagou fiança e foi liberada.
De acordo com Lizandra Sambonha, de 27 anos, ela jantava com uma colega de trabalho, em um balcão, quando a mulher chegou e começou a questionar a cena.
"Eu dei uma pausa para poder comer e pessoa se incomodou com o fato deu estar comendo na frente dela. Ela falou da seguinte forma: 'eu acho um absurdo vocês estarem comendo na minha frente, sendo que eu estou com fome'", relata a funcionária.
Fiquei nervosa, saí de perto, demorei um tempo para processar o que ela disse. Todo mundo ficou revoltado com a situação
Mulher foi levada para a 12° DP (Copacabana), pagou uma fiança no valor de R$ 2 mil e foi liberada
Em seguida, a mulher começou a agir de forma agressiva e enfiou a mão no prato de Lizandra, mexendo em sua comida. A outra funcionária questionou a atitude, gerando indignação, inclusive, com outros clientes.
"Ela falou: 'A macaquinha me deu'. Eu fiquei nervosa, saí de perto, demorei um tempo para processar o que ela disse. Todo mundo ficou revoltado com a situação. Mas logo a polícia chegou e levou ela para a delegacia", disse a funcionária.
Segundo os funcionários do estabelecimento, a mulher estava bem, mas ficou alterada após ingerir bebidas alcoólicas. Anteriormente, ela já havia disparado um comentário homofóbico contra uma outra funcionária do local. A mulher então começou a importunar outros clientes que estavam no estabelecimento, quando amigos, que a acompanhavam, tentaram contê-la.
O restaurante emitiu uma nota sobre o caso repudiando o ocorrido, afirmando que é um estabelecimento inclusivo e que recebe sempre todos de braços abertos.
"Estamos dando todo o suporte às nossas funcionárias e tomando todas as medidas legais cabíveis em prol dos valores de solidariedade e inclusão, que tanto prezamos. Esperamos que atitudes racistas e homofóbicas sejam sempre punidas com a devida seriedade, conforme dispõe a lei", comunicou.
A mulher foi levada para a 12° DP (Copacabana), pagou uma fiança no valor de R$ 2 mil e foi liberada. O caso está registrado na 10° DP (Botafogo). A Polícia Civil informou que a vítima e acusada prestaram depoimento e o caso será encaminhado à Justiça.
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