Justiça
Flordelis: testemunhas de defesa começam a ser ouvidas
Julgamento está em seu quarto dia sem previsão de término
As testemunhas de defesa do caso que envolve alguns membros da família da ex-deputada Flordelis começaram a prestar depoimento no Tribunal do Júri, no fórum de Niterói, na tarde desta quinta-feira (10).
No total,16 pessoas serão ouvidas a favor dos réus. Thayane Dias, filha afetiva, foi a primeira a falar e seu depoimento foi marcado por conflitos no júri. Questionada sobre possíveis abusos, Thayane citou que ocorreu um caso específico relatado por Rafaela dos Santos Oliveira, neta de Flordelis.
A juíza Nearis dos Santos Arce perguntou sobre o fato e a testemunha recorreu à advogada de Flordelis, Janira Rocha, se poderia responder ao questionamento.
A ação causou uma confusão no meio da sessão e um forte embate entre a promotoria, o advogado de acusação e os de defesa. O tumulto chegou a despertar uma manifestação da plateia, que foi repreendida pela magistrada.
“Ela [Rafaela] falou que estava dormindo e ele introduziu o dedo nela”, respondeu à juíza, após a ordem ter sido estabelecida. A neta de Flordelis teria comentado sobre isso após o assassinato do pastor Anderson do Carmo.
Os embates prosseguiram no desenrolar do julgamento, muito pelo motivo de Thayane não estar respondendo objetivamente aos questionamentos, segundo a juíza.
A testemunha negou saber de algo envolvendo supostas tentativas de envenenamento do pastor e alegou que acreditava que as internações por mal-estar eram decorrentes de uma má alimentação que ele tinha.
Ela também desmentiu as afirmativas de que a ex-deputada sequestrava crianças, alegando que elas eram entregues de boa vontade pelas mães biológicas.
“As mães sempre vinham para deixar com a Flor. Nos 28 anos vivendo com ela, eu nunca a vi roubar nenhuma criança”, afirmou.
Atendimentos médicos
Durante a manhã, Flordelis acabou deixando a sala de julgamento, durante o depoimento de Roberta, filha afetiva.
À tarde, quem precisou de atendimento foi Marzy, enquanto Thayane Dias, testemunha de defesa e também filha afetiva da acusada, falava com o júri. Ela ficou fora da sala, mas retornou por volta das 13h45.
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