Benefício
Flordelis tem pena de prisão reduzida; saiba motivo
Ex-pastora e deputada foi condenada por matar o marido em 2019
A ex-pastora e ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, de 63 anos, que tinha sido condenada a 50 anos e 28 dias de prisão por ser a mandante do assassinato do marido Anderson do Carmo em 2019, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, teve sua pena de prisão reduzida em 177 dias, por bom comportamento. A decisão da Justiça foi divulgada nesta segunda-feira (19).
A decisão é do juiz Renan de Freitas Ongaratto, que acatou os pedidos da defesa de Flordelis. Na unidade prisional do Complexo de Gericinó (Bangu) desde 2021, ela tem se dedicado a leitura, cursos e, além disso, concluiu o ensino fundamental na prisão. Esses fatores contribuíram com o benefício concedido.
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Com a pena inicial, a ex-pastora ficaria presa até 2071. No entanto, há uma previsibilidade que, por conta dos comportamentos e atitudes no tempo confinada, diminuam ainda mais o período na cadeia.
A partir disso, a defesa acredita que Flordelis possa sair da prisão em 2040, com base nos cálculos realizados.
Relembre o caso
Flordelis foi condenada e presa por ter sido a mandante do assassinato do marido, o bispo Anderson do Carmo em 16 de junho 2019, em Niterói, cidade onde residiam. Em sua versão, a ex-pastora contou que, ao chegarem casa após uma confraternização, o marido voltou na garagem para buscar algo que teria esquecido dentro do carro em que estavam. Ela ainda completou dizendo que percebeu que estava sendo perseguida.
Testemunhas disseram que avistaram três homens encapuzados, que realizaram disparos contra Anderson e fugiram do local sem levar nada. O bispo chegou a ser levado ao hospital Niterói D'or, em Santa Rosa, Zona Sul da Cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade hospitalar.
Segundo investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói, que tiveram a veracidade comprovada posteriormente em laudos médicos, Flordelis já tinha decidido matar Anderson dois anos antes do crime efetivamente ocorrer.
Antes, ela já tinha tentado envenená-lo por pelo menos seis vezes, com cianeto e arsênio, mas o marido somente precisou ir ao hospital.
Ao fim das investigações, a Polícia Civil disse que Flordelis foi a mandante do crime, sendo condenada a 50 anos e 28 dias de prisão. Promotores responsáveis pelo caso falaram, na ocasião, sobre o ocorrido.
"Flordelis é responsabilizada por arquitetar o homicídio, arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio. A deputada também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada, segundo a denúncia", afirmou um dos agentes.
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