Smoke Free
Filho de Sérgio Cabral deixa a cadeia em Niterói
Ele foi preso em operação da PF contra contrabandistas
O filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, José Eduardo Neves Cabral, deixou o Batalhão Especial Prisional (BEP) da PM, no bairro Fonseca, Zona Norte de Niterói, na tarde desta quinta-feira (15). A Justiça determinou sua soltura ainda na quarta (14). José foi preso na Operação Smoke Free, da Polícia Federal (PF) contra uma quadrilha de contrabando de cigarros e estava desde então na mesma cadeia onde está seu pai, que pode sair de lá em breve.
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De acordo com as investigações da PF, José tinha a função de distribuir propina a funcionários públicos para poder viabilizar o funcionamento do esquema da quadrilha. O bando contrabandeava cigarros de fora do país e falsificava ou sequer emitia notas fiscais. O produto era, depois, comercializado em áreas dominadas por facções de traficantes e milícias.
José não foi preso no dia da operação, desencadeada em 23 de novembro, mas se entregou no dia seguinte na Superintendência da PF.
Soltura
José Eduardo foi solto após uma decisão da juíza Rosália Monteiro, da da 3ª Vara Federal Criminal do Rio. Ao todo, doze pessoas foram detidas na operação Smoke Free, incluindo um policial federal.
Depois de preso, José foi levado para uma cadeia especial, o BEP. O pai dele, Sérgio Cabral, segue preso na mesma unidade. José vai responder aos inquéritos em liberdade, mas deverá cumprir algumas medidas cautelares. Uma delas é entregar o passaporte e comparecer em juízo periodicamente. José havia sido acusado de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Operação
A operação Smoke Free mirou numa suposta quadrilha de contrabando que teria, em suas fileiras, policiais militares e federais.
Veículos de luxo foram apreendidos, arma, relógios caros e valores em dólar foram apreendidos em endereços ligados aos acusados.
A investigação apontou que o grupo criminoso é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões.
Pai pode ser juntar a filho
A prisão de Sérgio Cabral também pode estar perto do fim. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal está julgando um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-governador, que alega longa permanência de Cabral na cadeia (6 anos) sem que tenha sido tomada uma decisão definitiva sobre o caso. O julgamento está empatado em 2 a 2, e o quinto e último voto ainda deve ser apresentado pelo ministro Gilmar Mendes. O prazo para apresentação do voto acaba nesta sexta-feira (16).
O processo que o mantém preso é sobre recebimento de propina nas obras de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da operação Lava Jato.
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