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Segundo dia

Filho afetivo de Flordelis detalha plano para envenenar Anderson

Luan disse que ex-deputada queria 'apagar' o pastor

Publicado 08/11/2022 às 15:16 | Atualizado em 08/11/2022 às 17:25 | Autor: Manuela Carvalho e Tiago Souza
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Segundo dia de depoimentos deve ter as falas de filhos afetivos, biológicos e netos da ex-deputada
Segundo dia de depoimentos deve ter as falas de filhos afetivos, biológicos e netos da ex-deputada |  Foto: Marcelo Eugênio

O segundo dia do julgamento de Flordelis prossegue na tarde desta terça-feira, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Alexsander Felipe Matos Mendes, filho afetivo da acusada e apelidado por ela como Luan, é a testemunha de acusação da vez. Segundo ele, a filha biológica da ex-deputada, Simone, afirmava que estava envenenando o pastor Anderson do Carmo. 

“Ela chegou um dia na igreja e foi para a parte de cima onde fica a cozinha. Lá ela falava 'tô botando veneno na comida dele’ e ficava rindo. Ela falou que a própria Flordelis falou para ela dar um jeito nele, ‘apagar’”, declarou. 

Ainda de acordo com o rapaz, conhecido como Pastor Luan, Anderson já dava sinais de que algo estava errado com sua saúde após frequentes perdas de peso da vítima. 

“Ele passava muito mal né, e estava perdendo quilos. Ele estava emagrecendo. Ele tomava remédio para combater isso”, afirmou. 

Além disso, ele também citou a diferença de tratamento que havia entre os filhos biológicos e os adotados pela Flordelis. Afirmando que a Simone e as filhas eram as mais bem tratadas, enquanto os outros ‘comiam o que tinha’, vestiam roupas velhas, e que tinham geladeiras separadas. A ex-parlamentar acompanha tudo com o rosto enrolado em um casaco de xadrez. 

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Alexsander ainda citou que seu filho, com necessidades especiais, era alvo da acusada para produzir uma ‘propaganda’ durante suas campanhas políticas e a frente de sua igreja ‘Ministério Flordelis’.  

Ele também disse que, logo após a morte do Pastor, a mãe chegou a questionar a ele se as roupas da vítima lhe serviam e que uma das filhas relembrou a Flordelis que ela tinha unhas marcadas. 

Luan disse que durante o velório de Anderson, o choro da acusada simulava 'lágrimas de crocodilo', e que, após o enterro da vítima, Flordelis abriu os braços e disse ‘estou livre’.

No decorrer do dia, outros filhos afetivos, biológicos, netos e uma cunhada da ré devem ser ouvidos. Todos acreditam na culpa de Flordelis no caso. A previsão é de que o julgamento dure mais dias, já que 30 testemunhas irão prestar depoimento. 

Além de Flordelis, também sentam nas cadeiras de acusados André Luiz e Marzy Teixeira, filhos afetivos, Simone dos Santos, filha biológica, e Rayane dos Santos, neta. Até o momento já foram ouvidos os delegados responsáveis pelo caso, Bárbara Lomba e Allan Duarte e o inspetor Thiago Vaz de Souza.

Abuso

Mais cedo, o primeiro a depor foi o policial civil Tiago Vaz de Souza. O agente confirmou a versão de que Flordelis não havia relatado sobre o abuso sexual da parte do pastor Anderson do Carmo em sede policial, ainda na fase das investigações. 

Apesar disso, a advogada de defesa de Flordelis, Janira Rocha, confirma que não só a ex-deputada, mas também outras mulheres sofreram abusos sexuais e foram violentadas fisicamente.

“Ontem foi um dia que ficou esclarecido pela delegada Bárbara Lomba que não aconteceu abuso da parte do pastor. Os filhos negaram durante depoimento abuso da parte do pastor”, frisou o advogado Anderson Máximo, que representa a família do pastor Anderson do Carmo.

Questionada sobre o porquê de não informar os abusos durante os depoimentos, a defesa da ex-deputada alegou que o motivo foi a dificuldade das réus se expressarem após o ato.

“Vocês vão entender por que não só a Flordelis mais muitas pessoas não falaram dos abusos sexuais, quando vocês entenderem que mulheres que passam anos das suas vidas abusadas, elas não têm capacidade de chegar e contar de seus abusos. A Flordelis não é uma exceção, as mulheres abusadas têm dificuldades que são comprovadas de poderem expressar esses abusos, por isso que ontem, quando os delegados foram ouvidos, nós perguntamos se quando as mulheres foram ouvidas, se os protocolos foram usados”, contou a advogada Janira Rocha.

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