Injúria racial
Filha do ator Rafael Zulu é vítima de racismo em escola de Niterói
Pai da adolescente registrou boletim de ocorrência na Decradi
A adolescente Luiza Zulu, de 16 anos, filha do ator Rafael Zulu, foi vítima de racismo por dois alunos do colégio em que estuda em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O episódio ocorreu em março deste ano.
Após saber do caso, Rafael registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro do Rio.
Segundo a Polícia Civil, o inquérito foi relatado e está sob sigilo por envolver menores de idade. O caso foi encaminhado à Justiça.
Procurado, Rafael Zulu ainda não se manifestou sobre o caso.
Pelos relatos, ao reprovarem um suposto “comportamento bagunceiro” da filha de Zulu na escola, dois adolescentes teriam dito que tal situação “só podia ser coisa de preto”, conforme revelado nesta quarta-feira (7), pela coluna da Fábia Oliveira, do Metrópoles.
O colégio pH afirmou, por meio de nota, que uma investigação interna foi instaurada e o Conselho Tutelar foi acionado.
Luiza é a primogênita do ator Rafael Zulu, de 40 anos, fruto do relacionamento com Maria Clara Mesquita. Atualmente, Rafael é casado com a personal Aline Becker. Juntos eles são pais de Kalu, de apenas 1 ano.
Leia a nota completa do colégio pH:
“O Colégio pH repudia qualquer atitude discriminatória e o ocorrido não condiz com os valores e com as diretrizes adotadas pelo colégio, que zela pelo bem-estar e pelo acolhimento de todos os seus estudantes.
A direção tomou as medidas necessárias para que o respeito e a igualdade sempre prevaleçam, tratando o assunto com toda a gravidade que ele merece. Em março, uma investigação interna foi instaurada e o conselho tutelar foi acionado. O Regimento Interno do colégio prevê sanções a casos como esse.
A instituição de ensino tem como compromisso construir uma cultura antirracista, reafirmando que a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva e igualitária é e sempre será uma responsabilidade diária do pH.
Para atingirmos esse objetivo, construímos nosso currículo com uma disciplina chamada “Convivência”, em que os alunos são convidados a refletir sobre temas como o racismo e suas manifestações. Também temos um projeto de Educação Decolonial Antirracista, para aprofundar esse debate com os alunos.
Além disso, no trabalho com Literatura, fazemos questão de inserir, intencionalmente, autores e autoras negros brasileiros e livros que trazem pessoas negras como protagonistas; no trabalho em Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia) buscamos trazer a cultura afro-brasileira para debate.
Por fim, frequentemente realizamos rodas de conversa e palestras sobre esse tema para nossos alunos”.
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