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    Decepção

    Festa de 15 anos vira caso de polícia em Niterói; entenda

    Mães alegam que foram lesadas por organizadora

    Publicado 21/12/2023 às 14:47 | Autor: Enfoco
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    Um dos casos foi registrado na 81° DP (Itaipu)
    Um dos casos foi registrado na 81° DP (Itaipu) |  Foto: Arquivo / Enfoco

    Uma festa de 15 anos virou caso de polícia após a organizadora cancelar a arrumação e comidas da festividade dois dias antes do dia planejado. O caso aconteceu em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e está sob investigação da Polícia Civil. 

    De acordo com a cuidadora de idosos Milene Pereira, de 42 anos, ela havia contratado os serviços de decoração e buffet, após a recomendação de uma familiar. 

    A festa foi no dia 16 de novembro, e a matriarca alega que a empresária cancelou a decoração do aniversário uma semana antes da data prevista, justificando que, por descuido, agendou a entrega no mesmo dia de uma formatura, e não encontrou outra equipe para substituí-la.

    Já a comida, Milene afirma que a empresária cancelou faltando apenas dois dias para as comemorações, sob alegação de falta de luz em sua residência.

    • Festa de 15 anos vira caso de polícia em Niterói; entenda
      | Foto: Arquivo Pessoal
    • Festa de 15 anos vira caso de polícia em Niterói; entenda
      | Foto: Arquivo Pessoal

    Prejuízo

    Foram pagos, via pix, R$ 3.950 à mulher. A cliente diz, ainda, que mais valores foram entregues por fora, mas que não tem comprovantes dos mesmos. Ela afirma que somente R$1.100 foram devolvidos. 

    Aspas da citação
    A festa aconteceu e tive que me virar para pôr outras coisas no lugar. E descobri só agora que ela já fez isso com várias pessoas
    Milene Pereira cuidadora de idosos
    Aspas da citação

    Segundo a denúncia, a empresária chegou a alegar que teria conseguido terceirizar a lembrança da festa e a decoração, e que no dia marcado, tudo estaria no salão conforme firmado, mas isso não aconteceu.

    Outra vítima

    Milene não foi a única lesada pela empresária. A pedagoga Cássia Garrido, de 47 anos, encomendou 150 docinhos para a festa da filha, em agosto.

    Mas, conforme a matriarca, dias antes do combinado, a mulher começou a "enrolar", justificando problemas pessoais para finalizar o pedido.

    "Mas em nenhum momento falou que não faria. Foi pago a quantia de R$ 250 para ela. Um dia antes do combinado a senhora não atendia ligações, nem mensagem. Quando respondeu, explicou que a cozinha da mãe pegou fogo e que estava terminando minha encomenda", detalha. 

    Só que a encomenda não chegou, pelo menos não completa. Conforme Cassia, depois de muita insistência, quando a festa já havia começado, a empresária mandou entregar somente 30 docinhos, além de um kit com pirulitos de chocolate e cupcakes, que faziam parte do pacote encomendado. O dinheiro da vítima nunca foi devolvido, diz ela.

    "Entrei em contato com a senhora [empresária] e a mesma disse que isso não aconteceu, que enviou tudo. Mas não enviou. Fiz um B.O [Boletim de Ocorrência] e fiquei atrás dela para pedir a devolução do valor, que ela não entregou", finaliza.

    O que diz a empresária?

    Procurada pela reportagem, a empresária citada alega que, sobre o caso da Milene, ela havia, inicialmente, fechado uma data e depois adiou, e que isso acarretou problemas em sua agenda. Acrescenta, ainda, "que foi roubada pelo motorista de aplicativo" em uma entrega de personalizados. 

    "Pedi a uma amiga pra decorar a festa dela, estava em acordo. Aí a Milene não quis mais, disse que havia arrumado tudo lá e que não iria mais confiar em mim. E eu falei que eu não tinha o dinheiro inteiro para devolver, propus esse pagamento de R$ 1 mil mensal. Mas fui orientada a ir fazendo pix por pix, conforme ela foi fazendo para ir dando baixa. E estou correndo atrás para que isso seja feito. Só se comprova que foi pago R$ 4 mil", se defende. 

    • Festa de 15 anos vira caso de polícia em Niterói; entenda
      | Foto: Arquivo Pessoal
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      | Foto: Arquivo Pessoal

    Ela afirma que "em momento algum" se recusou a pagar o que deve, e que concordou em assinar um termo de compromisso nos pagamentos: "Sei todas as dívidas que tenho, estou pagando elas, com muito suor e esforço".

    Sobre Cássia, a empresária diz que foi bloqueada pela mesma no aplicativo de troca de mensagens, e que caso a pedagoga queira receber: "Ela pode desbloquear o whatsapp e enviar a chave pix dela".

    Já a acusação de roubo por parte de um motorista, a empresária disse que "não registrou na polícia, devido a uma orientação de um advogado."

    Investigações

    A Polícia Civil informou que os casos foram registrados na 81ª DP (Itaipu) e 78ª DP (Fonseca). As delegacias solicitam que as vítimas compareçam às respectivas unidades policiais para apresentarem mais informações sobre os acontecimentos. 

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