Inquérito concluído
Família é acusada de integrar quadrilha que fornecia armas e drogas
Nove foram presos nesta quinta-feira no Rio
Nove pessoas de uma mesma família estiveram entre os alvos da operação Fim de Mundo, realizada em conjunto pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Estadual, nesta quinta-feira (26). Eles são acusados de fazer parte de um esquema de venda de drogas e armas para facções criminosas que dominam as favelas de Acari, na Zona Norte do Rio, e Vila Aliança, na Zona Oeste. A ação foi deflagrada ainda nos estados de Santa Catarina e São Paulo, dentro da operação chamada Fim do Mundo.
Segundo as investigações, o chefe da quadrilha é Renato Castro, responsável por comandar todo o esquema de venda das armas e drogas que vinham de Santa Catarina para o Rio de Janeiro.
Junto com Renato, foram denunciados sua mãe, Dalva de Castro Belchior, e seus irmãos Rodrigo Castro, Rayane de Castro Caetano e Thaylany de Castro Belchior, além de um tio, Leonardo Belchior de Souza.
A esposa de Renato, Estela Lira Gonçalves também foi denunciada, além do seu cunhado Philipe da Silva Vasconcelos e da cunhada Vanessa Silva dos Santos.
Além da família de Renato, duas ex-companheiras dele também são acusadas de integrar a quadrilha. São elas: Ariany Pereira Paranhos e Jessica Lima Pessoa.
Como atuavam
Segundo a investigação, o núcleo principal da família, os irmãos Rodrigo, Renato, Rayane e Thaylany, além da mãe Dalva, são de Acari, onde viviam a maior parte do tempo na Vila Aliança, comunidades para as quais são acusados de fornecer armas e drogas. Ambos se mudaram para o município de Balneário Camboriú, onde adquiriram casas de luxo, embora não tivessem condições financeiras para realizar tais compras.
Segundo a PF, Renato movimentou cerca de R$ 400 mil entre créditos e débitos em sua conta bancária entre setembro de 2019 e fevereiro de 2020. No restante de 2020, transferiu mais de R$ 1,5 milhão, sendo a maior parte proveniente de depósitos em caixa.
A Operação Fim de Mundo (nome do local em Acari) teve como alvo três centros identificados pela investigação da PF como vendedores de drogas e armas para comunidades do Rio de Janeiro. Segundo a investigação, um deles era comandado por Renato Castro. A segunda, de Edivaldo Freitas Portugal, Edinho Portugal e João André de Souza (conhecido como João do Gelo).
Segundo a PF, 11 pessoas foram presas durante a operação, R$ 25 milhões dos bens dos acusados foram congelados.
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