Barbaridade
Fã da Taylor Swift foi morto com facada no tórax em Copacabana
Jovem estava dormindo e se assustou com assalto
O laudo da necropsia do estudante Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, morto na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, aponta que ele levou uma facada no tórax e morreu. O crime ocorreu na madrugada de domingo (19) e foi um latrocínio, roubo seguido de morte.
Anteriormente, a reportagem errou ao noticiar que o fã de Taylor Swift foi atingido com 23 facadas. Na verdade, foi Bruna Lopes da Silva Araújo, morta no Complexo da Maré, no domingo (19), após uma festa, quem levou as 23 facadas. A Polícia Civil investiga ambos os casos.
Um dos principais supeitos de matar Gabriel havia sido preso no dia anterior por furto, mas foi solto em audiência de custódia.
Imagens de câmeras de segurança mostram a ação dos criminosos e as tentativas de socorro. Gabriel, que estava cochilando na praia, foi atacado quando se levantou assustado com a gritaria provocada por seus amigos durante o assalto.
"Provavelmente, para o assaltante, ele reagiu ao assalto, mas na verdade ele acordou assustado com a gritaria, com a movimentação. Aí, ele foi ferido”, disse Juliana Milhomem, prima de Gabriel.
A vítima foi esfaqueada pelos criminosos, que levaram dois celulares e as chaves do carro usado pelo grupo.
Presos
Os três suspeitos pela morte de Gabriel Mongenot foram presos no domingo (19), pouco após o crime. Alan Ananias Cavalcante e Anderson Henrique Brandão foram detidos logo após o incidente, enquanto Jonathan Batista Barbosa foi encontrado por volta das 16h, na Lapa, no Centro do Rio.
O trio possui extensa ficha criminal, Jonathan, inclusive, foi preso por furto de 80 barras de chocolate na última sexta-feira (17), sendo soltos em audiência de custódia cerca de 12 horas antes da morte de Gabriel.
A audiência de custódia ocorreu por volta de 12h30 deste domingo, em Benfica. Na decisão, a juíza Priscila Macuco Ferreira optou pela soltura da dupla, estabelecendo restrições, como a proibição de se ausentarem do estado por mais de sete dias e de ingressarem nas unidades da rede de lojas durante o curso do processo.
Alan já foi abordado 42 vezes pela polícia e possui sete anotações criminais, incluindo porte ilegal de arma de fogo, roubo, furto, lesão corporal, homicídio, tráfico de drogas e receptação. Anderson, que confessou a participação no crime em depoimento e foi reconhecido por testemunhas, tem 14 anotações criminais e foi abordado 56 vezes. Jonathan, apontado como o autor das facadas, tem dez passagens por ofensa, roubo, furto e homicídio.
Revolta
A família de Gabriel expressou revolta pela soltura do suspeito, que em menos de 12 horas após sua liberdade provisória, cometeu o homicídio. A audiência de custódia sobre a morte de Gabriel foi marcada para terça-feira (21).
“Além da tristeza, a gente sente uma revolta, sabe? Porque era uma pessoa que estava presa e foi solta, e em menos de 12 horas e matou uma pessoa. É uma sensação de injustiça. De que a gente não está seguro [chora]. Eu vim para passear, me divertir e eu estou voltando pra casa levando meu primo morto", disse Juliana.
O corpo do estudante será enterrado em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (21).
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