Investigação
Engenheira diz ter sido dopada por motorista em carro de aplicativo
Caso aconteceu durante uma viagem para Zona Oeste do Rio
Uma engenheira, de 35 anos, usou as suas redes sociais para denunciar uma possível dopagem ocorrida durante uma viagem entre os bairros de São Conrado, na Zona Sul do Rio, para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, nesta segunda-feira (2), em uma corrida de uma empresa de transportes. A Polícia Civil investiga o caso.
De acordo com a denunciante, o motorista começou a borrifar um líquido no carro durante a viagem e alegou ser álcool. No entanto, a engenheira começou a passar mal após sentir o cheiro e até perdeu parte dos sentidos, conforme apontou em post realizado no Instagram.
"Eu senti um cheiro muito forte (que não era álcool) e imediatamente uma pressão na cabeça. Em questão de segundos, eu estava vendo tudo meio turvo e com muita dificuldade de respirar. Eu pensava no que fazer sem demonstrar o que estava sentindo com medo da atitude dele", contou.
A engenheira complementou que estava respondendo e-mails e não percebeu se o motorista jogou o spray na direção dela. Segundo o depoimento da mulher, o motorista estranhou que a passageira começou a abrir o vidro da janela com o objetivo de deixar o ar externo entrar.
"Percebi que ele começou a andar com o carro mais devagar (provavelmente fazendo hora para dar efeito) e eu quase com a cabeça inteira para fora do carro tentando respirar. Respiração cada vez mais forte, coração disparado, visão turva, pressão da cabeça e sentindo meu corpo ficar mole e sem sentir o toque das coisas. Esses eram os meus sintomas", complementou.
Com medo de acontecer algo pior, a vítima pediu que o motorista parasse em um posto de gasolina, próximo a um hospital da Avenida das Américas, para comprar água e um alimento. O condutor chegou a questionar se a passageira não queria ir direto para o endereço de destino, mas a mulher contou que ameaçou pular do veículo.
Já no posto de conveniência, ela pediu ajuda para os funcionários. Logo em seguida, o motorista foi embora. Ambos já prestaram depoimentos na 12ª DP (Copacabana), onde o caso foi registrado. A Polícia Civil informou que a mulher fará um exame toxicológico para descobrir qual substância a passageira respirou. Todo o ocorrido foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).
O motorista não foi identificado pela reportagem.
Procurada, a Uber ressaltou que trata as denúncias com a máxima seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis. A empresa ainda contou que possui um canal de ajuda aberto para oferecer suporte e receber denúncias pelo aplicativo. A empresa complementou que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
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