Homicídio
'Ele foi jogado no rio ainda com vida', diz irmã de policial morto
Vítima foi assassinada após desentendimento em ferro-velho
Meu irmão foi jogado no rio ainda com vida
Rio de Janeiro - Irmã do papiloscopista Renato Couto, assassinado por três militares da Marinha na última sexta-feira (13), Débora Couto disse que vai correr atrás de justiça pelo crime. Em entrevista à imprensa, ela revelou que o irmão ainda estava vivo quando teve o corpo jogado no rio Guandu.
"Poxa, podiam ter levado ele para um hospital ou até mesmo jogar o meu irmão no mato para pedir ajuda. Mas eles ainda tiveram tempo de percorrer mais de 70 quilômetros e jogar o corpo dentro do Rio. Meu irmão estava vivo. Meu irmão foi jogado no Rio ainda com vida", desabafou.
O corpo do policial civil foi encontrado na manhã desta segunda-feira (16), no rio Guandu, às margens da BR-493, no trecho do Arco Metropolitano do Rio, em Japeri, na Baixada Fluminense.
Familiares de Renato Couto estão no IML do Rio e aguardam a liberação do corpo.
O que diz a polícia
A Polícia Civil realizou nesta segunda uma coletiva para esclarecer as investigações. De acordo com o delegado Adriano França, titular da delegacia da Praça da Bandeira (18º DP) todos os envolvidos no assassinato do agente são considerados criminosos.
"São criminosos. No depoimento, um dos militares diz para os colegas que eles estavam com um problema e precisavam resolver esse problema. O problema era o corpo do Renato. Eles colocaram o corpo na van e desovaram no rio Guandu".
Segundo o delegado Antenor Lopes, diretor da Polícia Civil, a vítima já tinha feito sete denúncias contra os donos do ferro velho por conta dos furtos.
"O Renato já havia realizado sete registros sobre furtos, estavam levando tudo que ele tinha e isso estava deixando ele atordoado. Ele estava investindo todo dinheiro da família nessa obra", disse Antenor.
Com Ana Fernanda
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