Muita revolta
'É um monstro', diz tio da menina de 4 anos morta na Baixada
Corpo de Kemilly foi enterrado nesta segunda-feira
Emerson Silva Roque, tio de Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, relatou à imprensa, nesta segunda-feira (11), como foram os dias de busca pelo corpo da criança e também a dor da família. O crime aconteceu na madrugada do último sábado (9). A família da criança mora na comunidade Beira Rio, distrito de Cabuçu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A mãe de Kemilly Hadassa a deixou dormindo com uma tia e, quando retornou, não encontrou mais a filha.
“Eu fui uma das pessoas que reconheceu o corpo da minha sobrinha. Ele não só abusou dela, ela teve as pernas cortadas, o rosto foi furado com uma chave de fenda. Ela estava com o rosto completamente irreconhecível. Eu só quero que esse cara fique preso, ele é um monstro”, disse Emerson ainda no IML antes do enterro, que ocorreu no final da tarde desta segunda.
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Emerson conta que a irmã, mãe de Kemilly, Suellen Silva Roque falou sobre a suspeita que Reynaldo teria cometido o crime, já que ele teria aparecido no quintal da casa deles durante a madrugada. Segundo o tio, ele já tinha certeza que era ele quem tinha cometido o crime. E quando voltaram da delegacia, ele foi até a casa da mãe do acusado e pediu para conversar com ele, querendo saber apenas onde ele tinha colocado o corpo da sobrinha dele, tendo certeza já que ela não estava viva.
“A população ajudou a gente, passamos a noite procurando e não conseguimos encontrar nada e ontem [domingo], um dos vizinhos relatou que ouviu gritos perto da casa dele, durante a madrugada. Nisso, eu fui conversar com minha prima, mãe do Reynaldo, e nesse meio tempo, os vizinhos invadiram e encontraram uma casa abandonada nos fundos do quintal, com manchas de sangue, que ela relatou ser de um cachorro”, narrou o tio de Kemily.
Além disso, segundo Emerson, Suellen demorou a acreditar que Reynaldo foi o responsável pelo crime e que, durante as buscas, ele estava andando pelo bairro como se nada tivesse acontecido. No entanto, quando a Polícia Civil entrou nas buscas, Reynaldo se entregou e levou os agentes exatamente onde o corpo dela estava.
De acordo com Emerson, Reynaldo confessou ao delegado que “ele estrangulou ela porque durante o estupro, ela começou a gritar e ele não queria isso, por isso começou a estrangular ela”.
Sobre a investigação a respeito de negligência, Emerson afirmou que, Suellen não tinha costume de deixar as crianças sozinhas em casa, e que Reynaldo teria acesso à residência, por isso ele já sabia que Suellen não estaria em casa, e “possivelmente quando ele tirou a minha sobrinha da cama, ela acreditou que ele estaria levando-a para a mãe”, informou Emerson.
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