Fatalidade
'É mentira', diz mãe em enterro de criança que caiu de prédio
Hallan morreu na noite do último domingo (26)
Parentes e amigos deram o último adeus a Hallan Luis Silva Ramos, 7 anos, morto ao cair da janela do segundo andar do prédio em que morava no Andaraí, Zona Norte, na noite do último domingo (26). O menino foi sepultado no cemitério de Mesquita, na Baixada Fluminense, no início da tarde desta terça (28). Familiares não quiseram falar com a imprensa.
"É mentira. Isso não está acontecendo. Meu filho", disse Jéssica da Silva Ramos, mãe da criança. Ela chegou a ser amparada e caiu diversas vezes durante o cortejo.
O pequeno morreu ao cair do segundo andar do prédio onde morava com os dois irmãos, a avó, a mãe e o tio no Andaraí. A mãe estava em um passeio de barco e a criança estava com o irmão de 9 anos quando foi tentar pular, pela janela, para o quarto da avó, que estava trancado. Hallan morreu no local.
O caso está sob investigação na 20ª DP (Vila Isabel), onde a mãe foi ouvida. Ela disse aos policiais que deixou os três filhos com o sobrinho dela, Luiz Henrique, para ir a um passeio em Ilha Grande, na Costa Verde.
Mãe ainda não voltou pra casa
De acordo o advogado Aristóteles Almeida Filho, de 73 anos, vizinho de Jéssica, a jovem tinha o costume de sair e deixar as crianças sozinhas.
“A grade do quarto dos meninos não tinha proteção. Há uns anos, a Jéssica ganhou uma indenização judicial e fez obras no apartamento, mas não colocou grade na janela do quarto dos meninos. O quarto da avó das crianças também não tinha grade e ficava com a porta trancada quando ela saía. Nesse dia, a Jéssica saiu por volta de 6h da manhã e o Hallan ficou com o irmão. A criança tentou pular pela janela do quarto deles para o da avó. Eu vi quando ele caiu. Eu ouvi ele gritando e quando vi ele já estava no chão. Ele bateu a cabeça. Só tinha grade de proteção na sacada”, contou ele.
Segundo o advogado, a mãe das crianças sempre foi educada. “Conheço a família desde que eles moravam no Morro do Andaraí e sempre foram educados, trabalhadores. A avó deles trabalha bastante. As crianças sempre muito educadas, adoravam brincar, mas tratavam todos com muito respeito, sempre simpáticos e sorridentes. A Jéssica não voltou para casa desde esse dia”, afirmou.
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