Investigação
'Deus proteja minha vida', diz viúva de Moisés da Vila em post
Shayene disse que antes de morrer esposo vivia para família
Disputas na escola de samba teriam motivado a rixa entre o bicheiro Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, e o ex-presidente da Unidos de Vila Isabel Wilson Vieira Alves, conhecido como Moisés.
É o que aponta a Polícia Civil, com base no desenrolar das investigações do assassinato de Moisés, ocorrido em setembro do ano passado.
Shayene Cesário, viúva do ex-presidente da Vila Isabel disse, nesta segunda-feira (15), via rede social, que o assassinato do marido "foi um ato de covardia".
Ela escreveu, ainda, que teme pela própria vida e da filha.
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"Todos sabiam que o Moisés estava vivendo para família, uma vida tranquila, toda semana comigo no samba, desarmado e sem segurança. Que Deus proteja a minha vida e da minha filha dessa covardia que destruiu a felicidade da nossa família", escreveu em post no Instagram.
De acordo com reportagem publicada pelo g1, a polícia descobriu que Moisés estava descontente pelo fato de a quadra não ter sido batizada com seu nome, conforme um acordo que teria sido feito entre ele e Capitão Guimarães.
Os investigadores apuram se as desavenças entre os dois, que já foram aliados, motivaram o assassinato de Moisés.
Na última sexta-feira (12), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), fez uma operação dentro das investigações da morte de Moisés.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra Capitão Guimarães e mais três alvos. Todos são suspeitos do assassinato. Na data, Shayene publicou uma foto ao lado do marido com os seguintes dizeres: "Papagaio Come Milho e Periquito Leva a Fama. Trabalho não se apaga! Nossa cede é nossa sede [sic]".
A seguir, os alvos da operação:
O bicheiro Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães (em prisão domiciliar);
Luiz Macedo Guimarães Jorge, filho de Capitão Guimarães;
O policial civil Alzino Carvalho de Souza (preso);
O ex-policial militar Deveraldo Lima Barreira (preso).
O ex-policial militar João Carlos de Oliveira
Ex-PM morto era chefe da segurança
O ex-policial militar João Carlos de Oliveira Antunes estava indo comprar carvão no momento em que foi executado por criminosos armados de fuzil, neste domingo (14) de Dia das Mães, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio.
Segundo a Polícia Militar, o ex-PM foi chefe da segurança do contraventor e ex-presidente da Unidos de Vila Isabel Wilson Vieira Alves, o Moisés, também assassinado em setembro de 2022 na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Ainda de acordo com a PM, o ex-policial possuía quatro antecedentes criminais por homicídio e duas por associação criminosa, artigos 122 e 288 do Código Penal, respectivamente.
O caso
O ex-presidente da Escola de Samba Vila Isabel Wilson Vieira Alves, o Moisés, foi morto a tiros na Barra da Tijuca em 25 de setembro de 2022. Ele estava acompanhado da mulher Shayene Cesário, musa da Portela, quando foi surpreendido pelos assassinos, que estavam em uma moto. O casal tem uma filha de 9 anos.
Shayene e a mãe foram assaltadas quando iam fazer a liberação do corpo do sambista assassinado. Os bandidos, na Avenida Brasil, altura do Caju, levaram as bolsas, os celulares e os documentos das duas. O caso foi registrado na Delegacia de São Cristóvão.
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