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    Operação Calígula

    Delegada de milhões: Adriana Belém é presa no Rio

    Alvo da operação do MP, ela tinha quase R$ 2 milhões em casa

    Publicado 10/05/2022 às 14:50 | Atualizado em 10/05/2022 às 15:14 | Autor: Enfoco
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    O MP encontrou cerca de R$ 2 milhões em dinheiro na casa da delegada licenciada
    O MP encontrou cerca de R$ 2 milhões em dinheiro na casa da delegada licenciada |  Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

    Rio de Janeiro - Alvo da Operação Calígula, a delegada de Polícia Civil Adriana Belém foi presa no início da tarde desta terça-feira (10). A ordem de prisão partiu da 1ª Vara Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). Horas antes, agentes do Ministério Público do Rio encontraram cerca de R$ 2 milhões em dinheiro na casa da policial. 

    Na decisão, o juiz Bruno Monteiro Ruliere afirma que "O gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada, aliado aos gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal, têm-se sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva".

    Adriana Belém é conhecida por ter extensa amizade com jogadores e artistas. Entre os famosos, estão os ex-jogadores de futebol Edmundo e Adriano Imperador. 

    Imagem ilustrativa da imagem Delegada de milhões: Adriana Belém é presa no Rio
    |  Foto: MPRJ

    A delegada estava afastada do cargo e foi cedida à Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro. Os vencimentos, segundo o portal da transparência, eram de R$ 8.345,14. A Prefeitura do Rio anunciou que ela será exonerada ainda nesta terça.

    No portal de transparência do Estado, Adriana consta como ativa no quadro de servidora, com vencimento líquido em torno de R$ 27 mil. 

    Por meio de nota, a Secretaria de Polícia Civil disse que tanto Adriana Belém, quanto o delegado Marcos Cipriano, não estavam no quadro da instituição. Ambos estão cedidos em outros órgãos. 

    A Corregedoria-Geral da Polícia Civil vai solicitar acesso às investigações para dar andamento aos processos administrativos necessários.

    Segundo a denúncia do MP, os dois delegados são investigados por facilitar a ação do bando comandado por Rogério de Andrade e Ronnie Lessa. A dupla controla uma rede de jogos de azar. 

    Ainda de acordo com o MP, Belém, na época à frente da delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP), se encontrou com Lessa por intermédio de Cipriano. 

    Até às 14h30 desta terça, onze pessoas foram presas na operação. 

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