Luto
Criança de 4 anos morre após ser medicada em hospital de Saquarema
Família aponta negligência da equipe médica
Uma criança, identificada como Ana Luiza Cardozo Pereira, de quatro anos, morreu após ser injetada por uma medicação intravenosa no Hospital Municipal Porphírio Nunes de Azeredo, antigo Hospital Municipal Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
Segundo a família da vítima, houve negligência por parte dos médicos da unidade. De acordo com Romilson Santos, pai da criança, a menina deu entrada no hospital nesta quinta-feira (19) com sintomas como diarreia, enjoo e uma virose. No entanto, os médicos teriam aplicado uma injeção de adrenalina o que teria ocasionado a morte de sua filha.
"Ela estava falando normalmente, até falou 'papai, mamãe, vamos pra casa', tanto que ela estava bem que a médica me receitou remédio pra comprar na farmácia e ir embora pra casa. Ela mandou aplicar uma injeção de dipirona e um remédio para vômito. Erraram a injeção e ela morreu em poucos minutos", disse Romilson ao g1.
Deram adrenalina para ela e ela faleceu.
O pai ainda alega que a equipe médica forjou provas sobre a morte da paciente. Segundo Romilson, os médicos informaram que Ana Luiza estava com anemia profunda e desidratada, mas peritos do Instituto Médico Legal (IML) contaram que a criança não apresentou esses sintomas.
O caso foi registrado na Delegacia de Saquarema (124ª DP). Segundo a Polícia Civil, as investigações estão em andamento. O administrador do hospital já foi ouvido e a equipe médica foi intimada para depor. O laudo da necropsia foi inconclusivo sobre a causa da morte e a delegacia aguarda exames complementares.
A Prefeitura de Saquarema informou que abriu uma sindicância interna para apurar os fatos. O órgão contou que pediu para a OS Prima Qualitá, responsável pela administração do Hospital, o afastamento temporário de toda a equipe envolvida no atendimento realizado com a Ana Luiza.
Caso semelhante
Em 2020, o menino Jhonathan Leonardo Souza, de apenas 7 anos, também morreu após receber uma medicação intravenosa no mesmo hospital. A família do paciente também apontou negligência.
Segundo a família da criança, o menino deu entrada na unidade com febre, tosse e vômito. Após receber uma medicação com adrenalina, Jhonathan sofreu uma parada cardíaca.
Ainda de acordo com os familiares, o menino era para tomar soro fisiológico, ondansetrona, ranitidina e nebulização com adrenalina 1 mg/ml, em quantidade igual a 3. Também houve indicação de radiografia de seios da face e radiografia de tórax.
A certidão de óbito da vítima informou que a morte foi causada por "hemorragia pulmonar maciça, insuficiência cardíaca e arritmia cardíaca."
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