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    Abusos

    Cresce número de denúncias de assédio em escola da Aeronáutica

    Outras quatro ex-alunas fizeram queixas

    Publicado 11/05/2022 às 14:53 | Atualizado em 23/05/2022 às 13:47 | Autor: Enfoco
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    A Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ acompanha as vítimas
    A Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ acompanha as vítimas |  Foto: Agência Brasil

    Rio de Janeiro - Novas denúncias de assédio sexual contra dois professores do Colégio Brigadeiro Newton Braga, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, vieram à tona, nesta terça-feira (10), por mais quatro ex-alunas da instituição. 

    As vítimas buscaram a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ logo após a divulgação, ainda na terça, após o encontro de um outro grupo com advogados da OAB. Na ocasião, elas relataram as práticas abusivas dos tutores. 

    As novas denúncias devem ser incluídas no documento que será apresentado ao Ministério Público Federal (MPF). A instituição de ensino é ligada a uma das forças militares brasileiras.

    Leia+: Casos de assédio sexual em escola da Aeronáutica do Rio

    Prints com trocas de mensagens, áudios e relatos que teriam ocorrido entre os anos de 2014 e 2020 já estão em posse da comissão. No período, segundo as denúncias, algumas estudantes ainda eram menores de idade.

    O comportamento abusivo constante seria realizado pelos professores de História e Educação Física que ministravam aulas para alunos dos ensinos médio e fundamental. 

    À reportagem, a direção do colégio confirmou a abertura de sindicância para apurar os fatos. Já os denunciantes apontaram uma postura 'conivente' da escola com as práticas abusivas. É que as investigações internas começaram em junho de 2020 e ainda não foram concluídas.

    A Força Aérea Brasileira (FAB) informou ao ENFOCO que o assunto ocorreu há aproximadamente dois anos e que não foi denunciado formalmente ao Colégio Brigadeiro Newton Braga (CBNB). 

    Diz a nota que ainda assim, diante da gravidade da suspeita, a administração da escola instaurou imediatamente, em 23 de junho de 2020, uma apuração por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), o qual, após concluído, foi encaminhado ao Ministério Público Militar, em 27 de agosto do mesmo ano. 

    "Na ocasião, os supostos envolvidos ficaram também, por medida de cautela, afastados de suas funções por até 120 dias, prazo máximo previsto em lei", diz a nota.

    Ainda de acordo com a FAB, houve uma abertura de Processos Administrativos Disciplinares (PAD) para apurar também a existência de faltas disciplinares por parte dos servidores. 

    A FAB ainda ressaltou que o colégio possui psicólogos, pedagogos, Serviço de Orientação Educacional e Serviço de Assistência Social para prover as orientações e suporte emocional para as demandas dos alunos e colaboradores da Escola.

    A FAB repudiou as condutas apresentadas.

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